Arquidiocese de Brasília |
No domingo (17), será aberta a etapa arquidiocesana do Sínodo dos Bispos
na Arquidiocese de Brasília. O caminho sinodal proposto pelo Papa Francisco foi
iniciado no último dia 10 de outubro e se desenvolverá até outubro de 2023.
Neste vídeo, Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, explica a proposta do
Sínodo e convida todos os fiéis da Arquidiocese a participarem da abertura, no
próximo domingo, às 10h30 na Catedral Metropolitana de Brasília e a caminharem
juntos nessa proposta do Santo Padre.
Sínodo dos Bispos
Diferente
dos sínodos anteriores e, levando em conta o tema escolhido pelo Santo Padre –
A Sinodalidade – a preparação para a reunião que acontecerá dentro de dois
anos, recolherá experiências, participações e material advindos de todo o mundo.
O caminho foi iniciado com a preparação dos documentos, textos e questionários
preparados pela Secretaria do Sínodo dos Bispos, bem como a divulgação do
itinerário que será percorrido pelos católicos de todo o mundo, unidos a suas
dioceses, movimentos, famílias religiosas e outras realidades de vida e
vocação. Em seguida, a partir do próximo domingo (17), será aberta a etapa
diocesana, onde as Igrejas particulares irão se reunir para dialogar e
discernir propostas que serão enviadas a próxima etapa nas Conferências
episcopais, que farão uma síntese de seu país para serem apresentadas as
conferências continentais que, por fim, enviarão a Roma para que, os bispos
delegados para a Reunião do Sínodo em outubro de 2023 possam construir as
propostas que podem auxiliar a Igreja no caminho de redescoberta de sua
vivência sinodal.
Encontrar, escutar, discernir
Para
iluminar o percurso destes dois anos, o Santo Padre utilizou-se do Evangelho da
Liturgia do dia que relata a história do jovem rico. “Fazer Sínodo significa
caminhar pela mesma estrada, caminhar em conjunto. Fixemos Jesus, que na
estrada primeiro encontra o homem rico, depois escuta as
suas perguntas e, por fim, ajuda-o a discernir o que fazer para ter a
vida eterna. Encontrar, escutar, discernir: três verbos do Sínodo, nos
quais me quero deter.” Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem
insistido na necessidade da cultura do encontro. Nesta homilia, o Pontífice
afirma que “encontrar” é dar importância, dispensar tempo, dar espaço a oração
entre os pares, além de, não ser só uma ação diante do irmão, mas também,
diante de Jesus Cristo. Elaborar teorias e fazer eventos não são a prioridade,
mas sim, cultivar esta cultura do encontro que torna o homem único diante do
outro.
Diferente
do que muitas instâncias pregam hoje, o ato de parar e escutar é uma
demonstração de que o outro é importante. Jesus escuta os dilemas e os
questionamentos do jovem rico e só depois apresenta a ele as soluções. Se se
faz o contrário, não há frutos pois não se saberá qual a dificuldade do outro.
E quando se escuta, se dialoga, se caminha junto, pode-se, então, discernir. O
discernimento deve ser uma via de mão dupla, sobretudo no caminho sinodal. As
reflexões são construídas em conjunto. Não se fazem a partir de um estudo
particular, mas recolhendo experiências, pensamentos, angústias e alegrias para
que, com várias mãos, se produza o melhor para a comunidade.
Processo de escuta
E
como a experiência deste caminho sinodal será de participação de todos na Igreja,
o Santo Padre não deseja escutar tão somente o clero, mas também os fiéis
leigos de todo mundo, as famílias religiosas e as mais variadas experiências
eclesiais, é importante saber como essas dimensões acolhem essa nova vivência.
O missionário Thulio Fonseca, da comunidade Canção Nova, que serve em Roma
partilha como foi sua impressão na Missa de abertura: “Algo
que define o caminho sinodal é de fato o ‘caminhar juntos’, e foi isso que
experimentei na abertura do Sínodo aqui no Vaticano. A experiência de unidade
que nos faz ser Igreja foi o expoente que nos uniu em cada momento desta
primeira etapa, e para mim a Santa Missa de abertura foi muito marcante, pois o
sínodo está apenas começando, e com o envio do Papa Francisco fomos encorajados
a viver isso em nossas realidades locais, dioceses, grupos paroquiais e em
nossas famílias. Também a proximidade da Cúria Romana com o povo de Deus nos
enche de esperança, na certeza de que esse diálogo trará belos frutos de
comunhão, participação e missão para todos os batizados.”
Fonte: https://arqbrasilia.com.b
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