Representação da fuga da Sagrada Família de Nazaré para o Egito | Vatican News |
Celebrar aqui em Belém, neste lugar da primeira parada da
Sagrada Família a caminho do Egito, deve "nos tornar mais sensíveis
àqueles que hoje se encontram na situação de José, que é obrigado a tomar
consigo o Menino Jesus e sua mãe Maria e fugir", disse Pe. Patton,
observando que José estava na mesma situação em que se encontram muitos
cristãos na Terra Santa, Gaza, Belém, Síria, Líbano, Iraque e muitos outros
países na Ásia, África e América Latina: fugindo não por escolha, mas por
necessidade.
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Lembrando a fuga da Sagrada
Família para o Egito, a Custódia da Terra Santa rezou na terça-feira (19/10),
no Santuário da Gruta do Leite em Belém, por aqueles "que se veem forçados
a percorrer os caminhos do exílio".
Foi o que ressaltou o custódio
da Terra Santa, padre frei Francesco Patton, que na terça-feira presidiu uma
celebração no local onde Maria e José teriam feito parada a caminho do Egito
para escapar do massacre dos inocentes.
A missa, relata o portal da
Custódia franciscana da Terra Santa, estava programada entre as liturgias
especiais a serem celebradas ao longo de 2021 nos lugares santos ligados à vida
de São José, no Ano dedicado ao patrono universal da Igreja.
Como a Sagrada
Família, fugindo por necessidade
Em sua homilia, o religioso
franciscano sublinhou três características fundamentais da história de São José
que emergem no Evangelho de Mateus: sua constante capacidade de confiar em
Deus, traduzida em obediência ao Senhor; seu cuidado amoroso por Jesus e Maria;
e o cumprimento das Escrituras, graças a sua obediência que tornou concreta a
Salvação de Deus, através de Jesus.
"Estes elementos devem
nos fazer refletir sobre os ensinamentos que São José deixou para todos nós e
depois nos levar a atualizar sua história em nosso próprio tempo",
acrescentou o custódio da Terra Santa.
Frei Patton observou que José
estava na mesma situação em que se encontram muitos cristãos na Terra Santa,
Gaza, Belém, Síria, Líbano, Iraque e muitos outros países na Ásia, África e América
Latina: fugindo não por escolha, mas por necessidade.
Tradições e
devoções ligadas ao Santuário da Gruta do Leite
"Celebrar aqui em Belém,
neste lugar da primeira parada da Sagrada Família a caminho do Egito -
continuou o custódio da Terra Santa -, deve, portanto, nos tornar mais
sensíveis àqueles que hoje se encontram na situação de José, que é obrigado a
tomar consigo o Menino Jesus e sua mãe Maria e fugir."
O santuário da Gruta do Leite,
a poucos passos da Basílica da Natividade, tem sido venerado durante séculos.
Duas tradições estão ligadas a este lugar: a primeira data do século VI e
afirma que Maria se escondeu ali durante o massacre dos Inocentes; a segunda
diz que, na pressa de partir para o Egito, algumas gotas de leite da Virgem,
que estava amamentando Jesus, caíram no chão, mudando a tonalidade da rocha de
rosa para a cor branca.
O pó da rocha da Gruta do
Leite em Belém é venerado desde pelo menos o início do século IX, quando Carlos
Magno o teria recebido de presente. Segundo a devoção popular, se diz que o pó
ajuda a dar leite a mulheres que deram à luz recentemente ou para curar
problemas de infertilidade. A Gruta é hoje um santuário custodiado pelos
frades franciscanos da Custódia da Terra Santa, e foi restaurada pela última
vez em 2007.
Vatican News – TC/RL
Fonte: https://www.vaticannews.va/
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