JMJ Símbolos Algarve / Folha do Domingo (Folha do Domingo) |
A cruz peregrina e o ícone mariano estiveram na Vigararia
de Faro no Algarve. Destaque para a visita a idosos, a jovens, a doentes e aos
reclusos. O jornalista Samuel Mendonça, diretor do jornal diocesano “Folha do
Domingo”, partilha conosco a sua crónica.
Rui Saraiva – Portugal
Continua a peregrinação dos
símbolos da JMJ na diocese do Algarve. Na semana passada estiveram na Vigararia
de Faro. A cruz peregrina e o ícone mariano foram ao encontro dos mais frágeis
visitando os idosos em lares e os doentes nos hospitais.
Os símbolos da JMJ também
foram motivo de encontro ecuménico entre católicos e evangélicos e foram
presença de conforto para reclusos. Relevante a visita aos mais jovens nas
escolas e ao mundo da ciência e do conhecimento na Universidade do Algarve.
Sinais da
presença de Deus
Fazendo uma leitura do
essencial da peregrinação dos símbolos nesta semana no Algarve, o jornalista
Samuel Mendonça, diretor do jornal diocesano “Folha do Domingo”, partilha conosco
a sua crónica:
“A segunda semana dos símbolos
da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na Diocese do Algarve prosseguiu o
intento de levar a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora como abraço de
Jesus junto daqueles que se encontram nas periferias existenciais e humanas da
sociedade e também distantes da própria Igreja.
Na passagem pelas paróquias
que constituem a Vigararia de Faro, particular prioridade teve a visita aos
idosos, tantas vezes visitados apenas pela solidão que lhes é imposta naquela
fase da vida. Os símbolos visitaram também os mais pobres de entre os pobres
por falta de recursos e de apoio familiar. Para a maioria, os momentos vividos
diante daqueles sinais da presença de Deus foram um abraço de esperança e de
alento depois dos difíceis tempos vividos com uma pandemia, chegada de
rompante, que elegeu como alvo preferencial aquelas gerações mais fragilizadas
pela idade avançada.
Também na sua passagem pelo
Hospital de Faro, os símbolos da JMJ procuraram levar o abraço de Cristo aos
que ali sofreram com a Covid-19 e com outras enfermidades. Doentes, médicos,
enfermeiros e pessoal auxiliar e administrativo tiveram oportunidade de se
recolher em ambiente orante durante uma manhã. A todos foi transmitida a
mensagem de que vale a pena oferecer a vida pelos outros e amar sem esperar
nada em troca.
Os símbolos da JMJ motivaram
ainda um outro abraço, ecuménico, entre Igrejas irmãs – Católica e Evangélica –
e aqueles que há muito assistem espiritualmente e que se encontram a cumprir
pena no Estabelecimento Prisional de Faro. Alguns deles, quando já estavam a
ser reconduzidos às celas, sentiram necessidade de pedir autorização para
voltar e tocar na cruz por uns breves momentos.
Simultaneamente os jovens,
fiéis depositários daqueles objetos, continuaram durante a semana com a missão
de os fazer chegar aos seus coetâneos. Assim, os símbolos passaram também por
estabelecimentos do ensino pré-escolar, básico e secundário. Foram também à
universidade levar a mensagem da humanização da cultura e da ciência. Durante a
sua passagem festiva numa das praças mais movimentadas do centro da cidade de
Faro, os símbolos foram ainda o pretexto para alguns alunos interagirem com os
transeuntes sobre o significado e motivo daquela presença.
Por fim, a cruz e o ícone
mariano estiveram presentes no Mercado de Faro no dia de maior afluência de
visitantes, em mais um momento de interação com a população, antes de serem
passados aos jovens das paróquias que constituem a Vigararia de Loulé, que
terão na próxima semana a responsabilidade de dar continuidade a este movimento
crescente de evangelização pelo Algarve que se iniciou no passado dia 29 de
outubro e que se irá estender até ao final do mês em território algarvio, e ao
longo dos próximos dois anos pelas dioceses portuguesas rumo à JMJ de 2023 em
Lisboa.”
Recordemos que no início da
peregrinação dos símbolos em Portugal, D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de
Lisboa, referiu à reportagem da Agência Ecclesia a “necessidade dos jovens se
fazerem ouvir” como lhes pede o Papa Francisco.
O presidente da Fundação JMJ
Lisboa 2023, citando uma expressão do cardeal Tolentino Mendonça, afirmou que
“os jovens não podem permitir que lhes matem os sonhos”. Sublinhou ainda que a
peregrinação dos símbolos é também um “fazer acordar” para tornar “presente na
sociedade os sonhos dos jovens”.
Na diocese do Algarve, a cruz
peregrina e o ícone mariano já estiveram nas Vigararias de Tavira e Faro.
Seguiram no domingo dia 14 para a Vigararia de Loulé. Chegarão à Vigararia de
Portimão no dia 19 de novembro. A 27 de novembro os símbolos serão acolhidos
pela diocese de Beja.
A Peregrinação dos Símbolos da
Jornada Mundial da Juventude em Portugal é organizada pelo Departamento
Nacional da Pastoral Juvenil que é um secretariado da Comissão Episcopal
Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa.
Laudetur Iesus Christus
Fonte: https://www.vaticannews.va/
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