Jeremías Villalba no Malaui / Arquivo pessoa |
REDAÇÃO
CENTRAL, 04 nov. 21 / 01:28 pm (ACI).-
O missionário argentino ad gentes Jeremías
Villalba sempre sentiu que Deus o chamava para algo especial. Ao terminar seu
curso de direito, em vez de se tornar advogado, foi evangelizar no Malaui, um
dos países mais pobres da África.
“O
contato com as pessoas é muito acolhedor, e é um alívio ver que estão
despojadas de qualquer ideologia ou maus costumes como os que sofremos no
Ocidente. Em muitas partes remotas deste país, não se conhece o uso da Internet
e daquelas ideologias que visam destruir as famílias ou a cultura cristã”,
disse Villalba disse à ACI Prensa,
agência em espanhol do grupo ACI.
O
desejo de ser missionário “não surgiu por iniciativa própria, mas foi Deus quem
o iniciou, quase me pegando de surpresa”, diz o missionáio. “Desde cedo, por
volta dos quinze anos, eu sabia que Deus estava me chamando para algo especial,
mas não tinha certeza de como ou onde. Foi assim que comecei minha graduação em
direito na Universidade de Buenos Aires, que terminei em março deste ano”.
Durante
os seus anos de estudo Villalba rezou muito para conhecer a vontade de Deus.
Ele achava que era chamado à vocação matrimonial, mas pouco a pouco o seu
desejo de se dedicar totalmente ao Senhor “para a salvação das almas, foi
ficando cada vez mais forte”.
“Embora eu tivesse claro que Deus não me pedia para entrar no seminário diocesano, fui tendo cada vez mais clareza que Deus me chamava para o sacerdócio. Desta forma, buscando o lugar que Deus tinha preparado para mim, conheci o padre Federico Highton, da Ordem São Elias, que me convidou a fazer um período de discernimento na África”, acrescentou.
Villalba decidiu ir ao Malaui “para discernir a minha vocação e levar o
Evangelho àqueles lugares onde a Igreja Católica nunca tinha chegado
antes”.
“Eu
entendi que Deus tinha preparado isso para mim há muito tempo, pois meu gosto
pelos idiomas, pela geografia, e pelo direito internacional não foram por
acaso. Deus suscitou isso em mim por um motivo em particular, e foi porque
finalmente Ele me chamou a ir a um país desconhecido, com idiomas diferentes,
nas periferias do mapa, para plantar a Igreja Católica”, ressaltou.
O
missionário diz ter descoberto que “não podia ser indiferente ao chamado de
Deus que me pedia me entregar a Ele deixando as coisas do meu país, e ir de
missões sem ter nenhum tipo de medo humano”.
https://twitter.com/i/status/1452719468866572307
“Sempre tive dentro de mim a inclinação de que possivelmente Deus me chamasse
para deixar minha família e meus amigos, para realizar um plano ainda melhor”,
acrescentou.
Chegando
ao Malaui como missionário, Villalba encontrou um país extremamente pobre. O
PIB per capita do país é de US$ 1,4 mil, segundo o Banco Mundial. Paa
comparação, o do Brasil é de US$ 15 mil e o dos EUA US$ 65 mil.
Villalba
disse que o avião em que viajou era o único em todo o aeroporto, "embora
estivéssemos na capital, Lilongwe".
“Não
é incomum entrar em uma farmácia e ver que faltam suprimentos ou em um
restaurante onde não tenham nem cardápio ou refrigerante para oferecer. Além
disso, a nossa missão está localizada no distrito de Chitipa, no extremo norte
do país, no limite da fronteira com a Zâmbia, com isso nos encontramos vivendo
a horas de um pequeno centro comercial ou cidade”, acrescentou.
O
missionário disse que “apesar de toda a pobreza e falta de recursos”, o Malaui
é conhecido como o “coração caloroso da África”, pela amabilidade e bondade dos
seus cidadãos.
Fonte: https://www.acidigital.com/
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