Santuário Nacional de São José de Anchieta | Foto: Arthur Louzada |
Santuário Nacional de São José de Anchieta é reaberto ao
público após significativa obra de restauro e readequação.
Bruno Franguelli, SJ.
O Santuário Nacional de São
José de Anchieta conserva o local onde faleceu o Apóstolo do Brasil. É também
um dos mais importantes símbolos da presença dos jesuítas no Brasil e acabou de
passar por uma grandiosa obra de restauro e readequação. Localizado na cidade
de Anchieta, no Estado do Espírito Santo, o monumento religioso, ficou em obra
por cerca de três anos. O projeto envolveu serviços de conservação e
restauração, além da criação de novos espaços para a acolhida dos peregrinos.
Além da espiritualidade que o
Santuário oferece, a partir de agora os fiéis e peregrinos terão a oportunidade
de usufruir da riqueza cultural oferecida pelo centro de interpretação São José
de Anchieta. Os fiéis e peregrinos vão se surpreender com a grandiosidade e
relevância do trabalho realizado no local, que passa a apresentar um novo
conceito de museu, ou seja, um centro interpretativo, com dinâmica de
comunicação maior e mais interativa. Todo o seu roteiro museográfico, desde a
recepção, está ligado à história da vida e obra de São José de Anchieta e ao
trabalho missionário dos jesuítas do Estado do Espírito Santo e do Brasil.
Tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1943, o monumento,
formado pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pela antiga residência jesuíta,
recebeu obras civis de conservação, climatização, sonorização e restauro do
patrimônio arquitetônico. Também foram realizados levantamentos históricos,
pesquisa arqueológica, restauro da imaginária e dos objetos litúrgicos, digitalização
do acervo e projeto de readequação litúrgica. Tudo isso para compor os antigos
e os novos espaços de uso do Santuário que agora compreendem a Igreja, o Centro
de Interpretação, o Centro de Documentação, o Café, a Loja e o Paisagismo
Cultural.
Área devocional | Foto: Arthur Louzada |
As obras, integralmente
aprovadas pelo IPHAN, foram efetivadas pela Lei de Incentivo à Cultura Federal,
com patrocínios do Instituto Cultural Vale e do BNDES. Foram realizadas por
profissionais especializados e com muito estudo, respeito às normas,
responsabilidade e cuidado. Preservar as características originais do
monumento, segundo os padrões rígidos internacionais do restauro, foi
prioridade do Instituto Modus Vivendi, organização responsável pelo restauro.
“Este projeto mudará a
história da região, pois vai gerar efeito multiplicador no turismo e no
desenvolvimento local a partir do uso da sua identidade cultural, da fé e da
história de São José de Anchieta”, afirmou a responsável pelo trabalho de
restauro, a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel. Segundo a
superintendente do Iphan-ES, Elisa Machado Taveira, a conclusão desse projeto,
realizado por uma equipe multidisciplinar, é uma ação exemplar para a
preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Segundo o reitor do Santuário
Nacional de São José de Anchieta, o padre jesuíta Nilson Maróstica, “com a
canonização temos visto que cresceu e multiplicou o número de pessoas
interessadas em São José de Anchieta, levando em conta toda a sua devoção e
interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento. O Santuário, então
revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também
desperta o interesse turístico, artístico, cultural. Revitalizar o Santuário é
restaurar para preservar e divulgar”.
Sacristia | Foto: Arthur Louzada |
O MENOR SANTUÁRIO DO MUNDO
Muitos pensam que o Santuário
Nacional de São José de Anchieta é a Igreja Nossa Senhora da Assunção,
construída pelas mãos do próprio santo com a colaboração dos indígenas. Mas na
verdade, o espaço sagrado declarado oficialmente como Santuário Nacional é a
chamada cela, o pequeno quarto onde faleceu o santo Apóstolo do Brasil. A Cela
é o local para celebração do mistério, da fé e dos milagres. No local podem ser
encontrados quatro elementos: um quadro com a imagem de São José de Anchieta,
do século XVII, que veio de Roma no início do século passado; uma relíquia da
tíbia de São José de Anchieta; um crucificado em terracota do século XVI,
encontrado na Igreja durante um trabalho de arqueologia e, por ser
contemporâneo à época que Anchieta viveu, está exposto; e a bula de
canonização, o livro que é o decreto que determina que Padre José de Anchieta é
Santo, escrito à mão em latim e assinado pelo Papa Francisco.
Deste modo, o Brasil ganha um
belíssimo espaço de fé e cultura. Um local para encontrar-se com Deus através
das pegadas deixadas pelo Apóstolo do Brasil, São José de Anchieta.
Fonte consultada: Ilda Castro
(Mile4 Assessoria de Comunicação).
Fotos: Arthur Louzada
Fonte: https://www.vaticannews.va/
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