Paróquia São Luís |
1 de novembro
Solenidade de Todos os Santos
Celebrar a festa de Todos os Santos é recordar os homens nossos irmãos de todas as raças, povos e condições; os santos canonizados pela Igreja e os santos desconhecidos; os que são proclamados bem-aventurados por Jesus Cristo no Evangelho que hoje é lido.
Todos viveram de forma deveras empenhada a fé em Jesus Cristo, a qual é fonte de toda a santidade e da vida da Igreja.
Aqueles que melhor seguiram o modelo que é Jesus
Ao celebrar Todos os Santos estamos a pensar na multidão imensa de todas as nações a que se refere a primeira leitura desta Solenidade.
Os que no passado, ao longo dos tempos pertenceram a movimentos renovadores da Igreja: eremitas e conventuais, monges de todas as denominações, beneditinos e franciscanos, carmelitas e dominicanos; os grandes reformadores de todas as épocas, às vezes incompreendidos e até perseguidos no seu tempo, mas a quem devemos uma tradição admirável de fé e apostolado: os evangelizadores e reformadores de todos os séculos e do nosso tempo, os missionários, os santos vivos que no tempo presente militam nesta Igreja de Jesus Cristo que muito amamos e queremos ver cada vez mais activa e missionária com a nossa presença e de todos os homens de fé por entre as «incompreensões do mundo e as bênçãos de Deus».
Ninguém pode ser santo sem seguir o modelo que é Jesus, sem se deixar impelir pelo vento do Espírito que soprou no Pentecostes que levaria os discípulos de Cristo até aos confins da terra. Alguns, muitos mesmo, os levaria ao martírio, outros dariam testemunho das mais diversas maneiras. O Pentecostes, aliás não aconteceu só um dia. É Pentecostes todos os dias e todas a vezes que alguém fica cheio do Espírito Santo como os discípulos do Cenáculo.
Quando o Espírito intervém e muda radicalmente as pessoas e a história, opera maravilhas, santifica e conduz pelos caminhos da fé no reflorescimento de movimentos eclesiais e novas comunidades. Os movimentos são hoje caminhos de santidade que alguns percorrem graças à efusão do Espírito.
Abri-vos com docilidade aos dons do Espírito. Cada carisma é dado para o bem comum, em benefício de toda a Igreja
Os santos que queremos rezar cada vez com mais verdade a oração do Senhor… Pai nosso… santificado seja o vosso nome… não nos deixeis cair em tentação.
Entre estes estão certamente quantos vivem comprometidos com novos movimentos de renovação cristã.
Alguns movimentos eclesiais serão por ventura olhados com reserva por leigos ou sacerdotes mas se eles estão na comunhão da Igreja, se a experiência nova é ditada pela inspiração do Espírito Santo, se estão na linha evangélica que nos recorda que na «casa de meu Pai há muitas moradas», vivam os novos movimentos que vêm ornar o rosto sempre jovem da Igreja de novos carismas e sinais de evangelização. E neles se encontra o espaço de graça dos novos santos.
Olhai: é o evangelho de hoje que nos avisa: bem-aventurados sereis se vos perseguirem por causa do meu nome…
A Igreja é bela, quando na unidade da fé do Batismo e na Eucaristia encontra o valor da oração e a graça da caridade na união com Deus. Todos os que fizeram de Cristo o perfeito modelo são os santos que fazem bela esta Igreja que amamos.
Os santos são o rico património da Igreja
Os santos que se converteram depois de uma pausa na vida e de terem meditado o Evangelho são um rico património da Igreja. Alguns trouxeram à mesma Igreja uma novidade inesperada, encontraram-se diante de um forte desafio e desafiam a própria Igreja a transmitir aos seus membros uma sólida e aprofundada formação cristã.
Personalidades fortes, dóceis ao chamamento do Espírito enriquecem continuamente Igreja, mesmo quando lhes colocam problemas pelo inesperado do seu aparecimento.
Jesus disse: «Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero Eu senão que ele já se tenha ateado?» (Lc 12, 49).
Também não devemos esquecer os santos de amanhã aqueles que hão-de receber o ideal que aqui nos reúne e nos traz à prática dos sacramentos.
Vamos ao ponto central da questão: honrar os santos de ontem que hoje fazem coro junto do trono do cordeiro. Com eles cantamos; Hossana. Amém.
Ao referir-me aos santos de hoje agora queria recordar todos aqueles que o Santo João Paulo II, e Papa Bento XVI, no seu pontificado foi apontando como modelo – e são bastantes – e elevou às honras dos altares e cuja lista vai crescendo continuamente. Também associamos a nossa voz à sua e cantamos: Hossana… amém!
Fonte: https://paroquiasaoluis-faro.org/
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