Foto: arqbrasilia |
É comum, quando se inicia um novo tempo litúrgico, surgir o questionamento,
no coração dos fiéis, de como eles podem viver bem aquele novo período de
celebração. Certamente, a primeira resposta é debruçar-se sobre a Palavra de
Deus, porque ela norteia a reflexão litúrgica da Igreja e, também, buscar os
ensinamentos da Doutrina Católica que nos dão certeza de que aquele caminho é o
verdadeiro e correto.
Se observarmos as leituras das celebrações, perceberemos que até o dia 16
de dezembro a temática estará centrada na segunda vinda de Cristo. Por isso,
uma forma de viver bem esse período é crescer na virtude da vigilância, na
pureza do coração e alimentar a vontade de unir-se ao Senhor, também, na vida
eterna. Para isso, pode-se fazer um bom exame de consciência e uma boa
confissão para se preparar espiritualmente para as celebrações natalinas, mas,
sobretudo, estar em estado de graça para encontra-se com o Senhor, pois não
sabemos nem o dia e nem a hora (cf. Mt 25, 13)
Família
A partir do dia 17, a liturgia já começa a relatar as profecias e a
preparação do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém. A figura da
Virgem Maria ganha destaque singular mostrando que a fé católica está centrada
em Jesus Cristo e que sua encarnação é farol para a história, sendo, inclusive,
divisor de águas no calendário da humanidade. Neste período, pode-se viver bem
o Advento, além da meditação da Palavra, rezando a novena de Natal em família
ou em comunidade, como também, meditando os mistérios do Rosário em família
diante do presépio. O tempo do Natal tem um caráter predominantemente familiar,
tendo em vista o lugar que a Sagrada Família de Nazaré ocupa na História da
Salvação. Por isso, é um tempo propício para a reconciliação dentro de casa, de
fortalecimento dos laços e de propósitos firmes de defesa da família.
Caridade
Um aspecto bastante importante, igualmente, é a vivência da prática da
caridade. Lembremos que o Senhor teve que nascer entre os animais, em uma
simples manjedoura. Certamente, mais pobre que a manjedoura de madeira que ele
nasceu a mais de dois mil anos atrás ainda é mais rica do que a manjedoura do
nosso coração. Contudo, em sua infinita misericórdia, Ele quer nascer todos os
dias em nosso coração pequeno, pobre e pecador. Em vista disso, separar um tempo
para a caridade, lembrando que também somos pobres, ajuda o nosso coração a
colocar-se numa atitude de humildade. Ajudar os que precisam mais do que nós,
suscita a certeza de que somos irmãos.
Portanto, “ao celebrar cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta espera do Messias, comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda vinda,” (CIC 524) Em função disso, vivamos bem o tempo do Advento e busquemos o máximo possível nos aproximar do Senhor.
“Ao celebrar cada ano a liturgia do Advento, a
Igreja atualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da
primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda
Vinda” cic 524.
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