Sagrada Família - Natividade | Vatican News |
O bispo italiano convida as pessoas a se deterem diante
do presépio, indo "além do aspecto estético". "Devemos parar e
pensar em silêncio", exorta dom Sacchi, que explica: "No início não
há nada para ouvir, há apenas para olhar e observar. Os personagens principais,
Maria e José, não falam, eles permanecem em silêncio. E nenhuma palavra pode
ser dita pela criança recém-nascida. Os fatos falam por si mesmos: a pobreza,
as dificuldades, uma estrebaria como abrigo e uma manjedoura como berço".
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"Deus nos ama
gratuitamente, nos ama antes que nós o amemos e está pronto para sacrificar-se
por nós". Ele nos ama não porque somos bons e capazes, mas justamente
porque somos frágeis e pobres. E por amor a nós Ele se fez vulnerável, frágil,
pobre e indefeso como uma criança."
Foi o que escreveu o bispo da
Diocese de Casale Monferrato - na região italiana do Piemonte -, dom Gianni
Sacchi, em sua mensagem de Natal publicada nos jornais diocesanos "La Vita
casalese" e "La Grande famiglia".
Prestes a
celebrar o Natal de Jesus
O tempo do Advento
praticamente chega ao fim, observa o prelado, e, "após este caminho orante
e vigilante, estamos prestes a celebrar o Natal de Jesus. Uma festa que corre o
risco de ser vivida apenas em seu aspecto externo ou com sentimentos baratos de
bondade, que têm pouco impacto em nossa vida de fé".
Após lembrar que "ainda
estamos em uma emergência de saúde, mas este ano a situação é muito melhor do
que no ano passado" e que "devemos continuar trabalhando mais e
sempre ser prudentes e cuidadosos, para o bem de todos e das pessoas mais
frágeis", o bispo convida as pessoas a se deterem diante do presépio, indo
"além do aspecto estético".
"Devemos parar e pensar
em silêncio", exorta dom Sacchi, que explica: "No início não há nada
para ouvir, há apenas para olhar e observar. Os personagens principais, Maria e
José, não falam, eles permanecem em silêncio. E nenhuma palavra pode ser dita
pela criança recém-nascida. Os fatos falam por si mesmos: a pobreza, as dificuldades,
uma estrebaria como abrigo e uma manjedoura como berço".
Deus se fez
homem para nos salvar com o dom de sua vida
"O Deus cristão é
imprevisível", evidencia o bispo italiano, acrescentando que "não se
chega a Ele seguindo os princípios da razão. Ele é um Deus que deve ser aceito
como Ele é, para então descobrir a riqueza e a superabundância da luz que Ele
revela. Aí não há multidões, a busca de audiência, aí tudo é calmo, quase
secreto".
Dom Sacchi oferece, em
seguida, uma segunda indicação: "Contemplando o presépio, devemos estender
nosso olhar e pensar sobre o que aquela criança fará, como ela cumprirá sua
vida e sua missão".
"Deus se fez homem para
salvar o homem com o dom de sua vida na cruz", continua o bispo de Casale
Monferrato, advertindo: "Não podemos nos deixar influenciar por uma graça
'barata', que nos deixa exatamente como somos".
Aproximar-se do
presépio no silêncio e na adoração
O bispo também compartilha uma
recordação: "Na minha igreja paroquial, quando o berço com a estátua do
menino Jesus tinha que ser montado, o único espaço possível era sob o grande
crucifixo do século XVI. Que forte contraste e que extraordinária mensagem
visual! Uma criança recém-nascida e acima dela seu futuro, o cume de sua
missão".
"É assim, queridos irmãos
e irmãs, que devemos nos aproximar do presépio, como devemos deixá-lo falar no
silêncio e na oração", exorta dom Sacchi, que em seguida faz um premente
convite:
"Vamos, portanto, às
nossas igrejas com toda as nossas pobrezas e fragilidades; vamos com todas as
dificuldades que a vida nos reserva, certos de que a proclamação da Boa Nova é
para os pobres e desprezados, como o foram os pastores, que foram os primeiros
a ir e adorar a Deus na carne de uma criança e seus corações se encheram de
alegria e consolo".
(com Sir)
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