Números da Igreja Católia na América Latina e Caribe |
Com 108.796.000 católicos, de acordo com os dados
coletados pelo professor Altemeyer Junior, o México é o país com o maior número
de pessoas que se declaram católicas, com o Brasil, por muitos anos na
liderança, passando para o segundo lugar com 106 milhões de católicos.
Padre Modino - CELAM
A Assembleia Eclesial da
América Latina e do Caribe revelou a diversidade de rostos e realidades, tanto
eclesiais como sociais, presentes no continente. O conhecimento dos dados nos
ajuda a elaborar análises mais precisas e, a partir daí, a discernir com maior
precisão o caminho a seguir.
Este trabalho foi realizado
pelo professor Fernando Altemeyer Junior, que fez uma análise detalhada da
realidade eclesial da América Latina e do Caribe, levando em conta diferentes
elementos: católicos romanos, a porcentagem que representam da população,
circunscrições eclesiásticas, paróquias, centros pastorais, bispos, padres,
diáconos, religiosos irmãos, religiosas, catequistas e a outra religião
predominante em cada um dos países.
Com 108.796.000 católicos, de
acordo com os dados coletados pelo professor Altemeyer Junior, o México é o
país com o maior número de pessoas que se declaram católicas, com o Brasil, por
muitos anos na liderança, passando para o segundo lugar com 106 milhões de
católicos. A este respeito, é surpreendente que os dados mostrem que no Brasil
a porcentagem de católicos atinge apenas 50%, uma seção na qual a Argentina,
com 89,85%, está em primeiro lugar, praticamente empatada com o México, com
89,33%. A porcentagem mais baixa de católicos está em Barbados, com 3,4% da
população.
Em termos de circunscrições
eclesiásticas, o Brasil está em primeiro lugar com 278, muito à frente do
México, que está em segundo lugar com 99. Em termos de paróquias, a ordem é a
mesma, com 12.013 e 6.979, respectivamente. O mesmo vale para os centros de
pastoral com 50.159 e 9.871. O número de bispos com 465 e 176 também é liderado
pelo Brasil e México, o que contrasta com 8 países que têm apenas um bispo e 6
que não têm bispos residentes no país.
O Brasil lidera no número de
sacerdotes com 24.598, diáconos com 4.770, irmãos religiosos com 111.816, irmãs
religiosas com 2.7182, e está em segundo lugar no número de catequistas com
120.130. Nesta seção, o maior número corresponde ao México com 211.912, sendo o
segundo em número de sacerdotes, com 15.921, irmãos religiosos, com 6.427, e
irmãs religiosas, que chegam a 26.604. É surpreendente que o Chile seja o país
com o segundo maior número de diáconos, que chegam a 1.032, se levarmos em
conta que o número de sacerdotes é de apenas 2.395.
Para se ter uma ideia do que
estes números representam em relação ao total do continente, temos que dizer
que de acordo com os dados fornecidos pelo professor Altemeyer Jr., a população
da América Latina e do Caribe é de 452.786.675 habitantes, 80,2% dos quais se
consideram católicos. Existem 837 circunscrições eclesiásticas, 36.539
paróquias e 108.138 centros pastorais. Há 1.439 bispos, 77.140 sacerdotes e
10.181 diáconos. Há 23.670 irmãos religiosos, 113.444 irmãs religiosas e
956.792 catequistas.
São números que devem levar à reflexão e que, numa
primeira análise, nos mostram a força da vida religiosa feminina e dos leigos,
especialmente as mulheres, que constituem a grande maioria dos catequistas,
ministério recentemente reconhecido pelo Papa Francisco, mas que não está sendo
implementado com reconhecimento explícito em muitas igrejas particulares. Neste
tempo sinodal, é hora de parar, pensar e, a partir dos dados, que são mais do
que números frios, descobrir o que Deus espera da Igreja na América Latina e no
Caribe neste momento da história.
Fonte: https://www.vaticannews.va/
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