Apologistas da Fé Católica |
DEUS FEITO
HOMEM
Como o Mistério
da Encarnação fez do Cristianismo uma Religião da Imagem por excelência.
É significativo que a fórmula que acabo de citar venha de um dos escritos
de São João Damasceno que trata especificamente da doutrina ortodoxa da pessoa
de Cristo; Pois também foi João Damasceno quem, em seus escritos contra os
Iconoclastas, forneceu a primeira argumentação Iconódula substancial que
procedeu da doutrina de Cristo para a doutrina dos ícones.⁵⁰ Retomando o uso do segundo mandamento pelos iconoclastas, que proibia a
feitura não só de qualquer ídolo, mas também de qualquer “𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯ç𝘢 [homoioma]” (Ex 20,4 – Septuaginta), declarou que Moisés, “𝘰 𝘭𝘦𝘨𝘪𝘴𝘭𝘢𝘥𝘰𝘳, 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘱𝘳𝘦𝘵𝘢 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰”.⁵¹ Moisés, o legislador, forneceu tal interpretação
do segundo mandamento quando deu seu lembrete em outro lugar ao povo de Israel
que “𝘕𝘰 𝘥𝘪𝘢 𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘷𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘷𝘰𝘴 𝘧𝘢𝘭𝘰𝘶 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘪𝘰 𝘥𝘰 𝘧𝘰𝘨𝘰 𝘦𝘮 𝘏𝘰𝘳𝘦𝘣, 𝘯ã𝘰 𝘷𝘪𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘧𝘪𝘨𝘶𝘳𝘢 (homoioma – ὁμοίωμα) 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢” (Dt 4,15 – LXX). A diferença entre o verdadeiro Deus de Israel e os
falsos deuses dos povos pagãos estava precisamente na ausência de qualquer
“semelhança”, que havia sido proibida pela lei dada no Sinai. Mas essa lei,
como toda lei de Moisés, tinha como objetivo, segundo a fórmula paulina, servir
de “𝘱𝘦𝘥𝘢𝘨𝘰𝘨𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘯𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘶𝘻𝘪𝘳 𝘢 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰” (Gl 3,24-25). Sua proibição de imagens falsas, conseqüentemente, era ao
mesmo tempo um “𝘱𝘳𝘦𝘯ú𝘯𝘤𝘪𝘰 𝘥𝘢 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘳𝘦𝘢𝘭 [procharagma eikonos]” que estava por vir.⁵² Antes da Encarnação, um ícone do Logos seria estranho e perverso.⁵³ Mas Cristo, como o Logos eterno, havia se tornado encarnado em carne
humana, e ele tinha assim apresentado a humanidade, pela primeira e única vez
em toda a sua história, com uma genuína e precisa “similitude” de Deus, uma que
poderia ser visto e, portanto, um que poderia ser iconizado.⁵⁴ No uso do apóstolo São Paulo, o termo “𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯ç𝘢 [homoioma]”, apareceu cinco vezes ao todo em suas epístolas, quatro delas
na epístola aos Romanos, geralmente se referia especificamente à humanidade de
Cristo.⁵⁵ Como os Padres Capadócios haviam insistido,
entretanto, naquele contexto, não conotava uma mera “𝘢𝘱𝘢𝘳ê𝘯𝘤𝘪𝘢” ou “𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮 𝘧𝘢𝘯𝘵𝘢𝘴𝘮𝘢 𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘳ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘪𝘭𝘶𝘴ó𝘳𝘪𝘢 [phantasia kai dokesis]”, mas sim uma realidade.⁵⁶ E uma vez que, tanto na linguagem do Novo Testamento (Fl 2,6-7) e na
linguagem oficial da igreja, de forma mais sucinta talvez na definição do
Concílio de Calcedônia, que Cristo era “𝘶𝘮 𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳 [𝘩𝘰𝘮𝘰𝘰𝘶𝘴𝘪𝘰𝘴] 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘥𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘴𝘶𝘢 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦 𝘶𝘮 𝘦𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘯𝘰𝘴𝘤𝘰 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘩𝘶𝘮𝘢𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”⁵⁷ – havia um paralelismo entre a realidade desta “𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯ç𝘢 [homoioma]” ou “𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 [morphe]” da humanidade de Cristo e a realidade da “𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢” ou “𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯ç𝘢” da divindade de Cristo, os capadócios insistiram também que se referia em
ambos os casos às suas duas naturezas essenciais, aquela que ele compartilhava
eternamente com o Pai e o Espírito Santo na Trindade e aquela que como
consequência da Encarnação ele agora compartilhado com a raça humana.
“𝘖𝘳𝘢, 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á “𝘦𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘰” é 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘤𝘦𝘣𝘪𝘥𝘰 𝘦 𝘥𝘦𝘯𝘰𝘮𝘪𝘯𝘢𝘥𝘰, 𝘦𝘮 𝘰𝘱𝘰𝘴𝘪cão 𝘢𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á “𝘦𝘮 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘰 𝘧𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘶𝘮𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘭𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘳𝘦𝘵𝘢, 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 é 𝘵𝘰𝘳𝘵𝘰, 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘢𝘰 𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 é 𝘳𝘦𝘵𝘢, 𝘯ã𝘰 𝘴𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘻𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘭𝘢. 𝘖𝘴 𝘮ú𝘴𝘪𝘤𝘰𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘤𝘰𝘴𝘵𝘶𝘮𝘢𝘮 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘳 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘤𝘰𝘳𝘥â𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘵𝘢𝘴 𝘥𝘦 “𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢” 𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘧𝘪𝘯𝘢𝘥𝘰 𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘥𝘦 “𝘥𝘦𝘴𝘢𝘳𝘮ô𝘯𝘪𝘤𝘰”. 𝘌𝘯𝘵ã𝘰, 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘳 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴” é 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘳 𝘥𝘦𝘭𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘧𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢”. 𝘚𝘦, 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘰, 𝘢 𝘯𝘢𝘵𝘶𝘳𝘦𝘻𝘢 𝘥𝘰 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘜𝘯𝘪𝘨ê𝘯𝘪𝘵𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢cã𝘰”, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘶𝘴𝘢𝘳 𝘢 𝘧𝘳𝘢𝘴𝘦 𝘩𝘦𝘳é𝘵𝘪𝘤𝘢, 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘪, 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘯ã𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘭𝘢: 𝘦 𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘯ã𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘪𝘳 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘯ã𝘰 𝘩á 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘪𝘣𝘪𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘰 𝘤𝘢𝘴𝘰 é 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰, 𝘢 𝘧𝘪𝘨𝘶𝘳𝘢 𝘯𝘢 𝘤𝘦𝘳𝘢 𝘦 𝘯𝘢 𝘨𝘳𝘢𝘷𝘶𝘳𝘢 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘭𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮𝘢, 𝘢 𝘤𝘦𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘱𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘴𝘦𝘭𝘰, 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 é 𝘦𝘯𝘤𝘢𝘪𝘹𝘢𝘥𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘯𝘰 ú𝘭𝘵𝘪𝘮𝘰, 𝘧𝘢𝘻 𝘢 𝘪𝘮𝘱𝘳𝘦𝘴𝘴ã𝘰 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘴𝘪 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘥𝘢-𝘰, 𝘱𝘳𝘦𝘦𝘯𝘤𝘩𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘴 𝘤𝘢𝘷𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘮𝘰𝘥𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘫𝘦çõ𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘨𝘳𝘢𝘷𝘶𝘳𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘱𝘳ó𝘱𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘥𝘳õ𝘦𝘴: 𝘮𝘢𝘴 𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮 𝘱𝘢𝘥𝘳ã𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢𝘯𝘩𝘰 𝘦 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘧𝘰𝘳 𝘦𝘯𝘤𝘢𝘪𝘹𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘨𝘳𝘢𝘷𝘶𝘳𝘢 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘭𝘰, 𝘦𝘭𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘱𝘳ó𝘱𝘳𝘪𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 á𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢 𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘶𝘴𝘢, 𝘦𝘴𝘧𝘳𝘦𝘨𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘴𝘶𝘢 𝘧𝘪𝘨𝘶𝘳𝘢 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘴𝘶𝘱𝘦𝘳𝘧í𝘤𝘪𝘦 𝘨𝘳𝘢𝘷𝘢𝘥𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘢 𝘦𝘭𝘢. 𝘔𝘢𝘴 𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á “𝘯𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴” (𝘍𝘪𝘭 2,6) 𝘯ã𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘮𝘱𝘳𝘦𝘴𝘴ã𝘰 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘥𝘢 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘪, 𝘷𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘌𝘭𝘦 é “𝘢 𝘦𝘹𝘱𝘳𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘦𝘮” 𝘥𝘢 𝘗𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘪, 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘢 “𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴” é 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘚𝘶𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰, “𝘢𝘴𝘴𝘶𝘮𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘪çã𝘰 (forma – morphēn/ μορφὴν) 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘰” (𝘍𝘭 2,7), 𝘌𝘭𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘰, 𝘯ã𝘰 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘮𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢, à 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘥𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢, 𝘮𝘢𝘴 𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘯𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘥𝘰 𝘥𝘦 “𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢”, 𝘦𝘯𝘵ã𝘰, 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘪𝘻 𝘲𝘶𝘦 𝘌𝘭𝘦 𝘦𝘴𝘵á “𝘯𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴” 𝘴𝘪𝘨𝘯𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢 𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘱𝘰𝘳 “𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢”. 𝘚𝘦, 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘰, 𝘌𝘭𝘦 𝘦𝘴𝘵á “𝘯𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴”, 𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘦𝘴𝘵á 𝘴𝘦𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘨𝘭ó𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘪, (𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘥𝘦𝘤𝘭𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢 𝘥𝘰 𝘌𝘷𝘢𝘯𝘨𝘦𝘭𝘩𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘪𝘻: “𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘰 𝘗𝘢𝘪, 𝘮𝘢𝘳𝘤𝘰𝘶 𝘤𝘰𝘮 𝘴𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘭𝘰” (𝘑𝘰 6,27), – 𝘥𝘦 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 “𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘷𝘪𝘶, 𝘷𝘪𝘶 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘰 𝘗𝘢𝘪” (𝘑𝘰 14,9), 𝘦𝘯𝘵ã𝘰 “𝘢 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘥𝘰 𝘣𝘦𝘮” 𝘦 “𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘭𝘦𝘯𝘥𝘰𝘳 𝘥𝘢 𝘨𝘭ó𝘳𝘪𝘢”, 𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘵í𝘵𝘶𝘭𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴, 𝘵𝘦𝘴𝘵𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘍𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘯ã𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘷é𝘮 𝘥𝘢 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘗𝘢𝘪. 𝘈𝘴𝘴𝘪𝘮, 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘵𝘦𝘹𝘵𝘰 𝘤𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰, 𝘧𝘪𝘤𝘢 𝘥𝘦𝘮𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘰 𝘤𝘢𝘳á𝘵𝘦𝘳 𝘪𝘯𝘴𝘶𝘣𝘴𝘵𝘢𝘯𝘤𝘪𝘢𝘭 𝘥𝘢 𝘣𝘭𝘢𝘴𝘧ê𝘮𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘢𝘥𝘷𝘦𝘳𝘴á𝘳𝘪𝘰. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘴𝘦 𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘦𝘮 “𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘨ê𝘯𝘤𝘪𝘢” 𝘯ã𝘰 𝘦𝘴𝘵ã𝘰 𝘦𝘮 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢, 𝘦 𝘈𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 é 𝘴𝘦𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘦 𝘦𝘹𝘪𝘣𝘦 𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘦𝘮 𝘚𝘪 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰, 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘦 𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘰 𝘗𝘢𝘪 𝘦𝘮 𝘚𝘪 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 (𝘑𝘰 14,10), 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘢 𝘦𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘚𝘶𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘪𝘵𝘢 𝘳𝘦𝘭𝘢cã𝘰 𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢, 𝘦𝘯𝘵ã𝘰 𝘰 𝘢𝘣𝘴𝘶𝘳𝘥𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘷𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴 é 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘦𝘴𝘮𝘢𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘢. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢ç𝘰” 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘰𝘶-𝘴𝘦 𝘧𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢. 𝘈𝘴𝘴𝘪𝘮, 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘢𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 é 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘰𝘴𝘰 é 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘦𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰, 𝘴𝘦𝘮 𝘥ú𝘷𝘪𝘥𝘢, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘯ã𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢cã𝘰”. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢çã𝘰” 𝘯ã𝘰 é 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘰𝘴𝘰, 𝘰 𝘩𝘢𝘳𝘮𝘰𝘯𝘪𝘰𝘴𝘰 𝘯ã𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢çã𝘰”. 𝘈𝘭é𝘮 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘪𝘻 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘯𝘢𝘵𝘶𝘳𝘦𝘻𝘢 𝘥𝘰 𝘜𝘯𝘪𝘨ê𝘯𝘪𝘵𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 “𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢çã𝘰” 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘦𝘴𝘴ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘣𝘰𝘢 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘪, 𝘤𝘭𝘢𝘳𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘦𝘮 𝘷𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘢 𝘷𝘢𝘳𝘪𝘢çã𝘰 𝘯𝘰 𝘱𝘳ó𝘱𝘳𝘪𝘰 𝘣𝘦𝘮, 𝘮𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘢𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵á 𝘦𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘣𝘦𝘮 – “Ó 𝘴𝘪𝘮𝘱𝘭𝘦𝘴”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘥𝘪𝘻 𝘰 𝘗𝘳𝘰𝘷é𝘳𝘣𝘪𝘰, “𝘢𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘦𝘪 𝘢 𝘱𝘳𝘶𝘥ê𝘯𝘤𝘪𝘢” (𝘗𝘳 8,5).”
– São Gregório de Nissa “Contra Eunomium”, Lib. IV, 8 (PG 45,672).
NOTAS
[50]. George Ostrogorsky, “Soedinenie voprosa o sv. ikonach s
christologiceskoj dogmatikoj v socinenijach pravoslavnych apologetov rannjago
perioda ikonoborcestva”, Seminarium Kondakovianum 1 (1927), páginas 35-48.
[51]. São João Damasceno, “De Imaginibus Oratio” III, 7 (PG 94,1325).
[52]. São João Damasceno, “De Imaginibus Oratio” I, 15 (PG 94,1245).
[53]. São Teodoro, o Estudita, “Refutatio Poem. Iconomach” 13 (PG 99,457).
[54]. São João Damasceno, “De Imaginibus Oratio” III, 8 (PG 94,1328).
[55]. Rm 1,23/ 5,14/ 6,5/ 8,3. Fl 2,7
[56]. São Gregório de Nazianzo, Epístola 102 (PG 37,200).
[57]. Concílio de Calcedônia (NPNF-II 14,264).
Nenhum comentário:
Postar um comentário