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No dia 30 de janeiro de 1948, Mohandas Karamchad Gandhi (Mahatma) era assassinado por um fanático indiano nos arredores de Nova Deli, quando se encaminhava para fazer sua reza noturna. Esta data é lembrada como Dia Mundial da Não Violência, pois esta concepção de luta pela paz que Ghandi chamava de Satyâgraha, propõe uma atitude de ação ativa não violenta que não revida, fere, ou agride verbalmente aos oponentes, foi divulgada e praticada com eficácia e pureza por este grandioso líder moral espiritual da humanidade.
Certo que houve antecedentes de experiências de firmeza permanente, de ações éticas e pacíficas não violentas, defendidas por Thoreau e Delani, posteriormente o pastor Martin Luther King, Lança Del Vasto, Tolstoi e no Brasil nosso querido Dom Helder Câmara, mas Ghandi aprofundou e sistematizou este caminho de resistência centrado na força da verdade e no altruísmo da causa a ser defendida. O Papa Francisco, em 2018, apresentou esta visão como um verdadeiro estilo político para a paz.
De fato, como afirmava o holandês Abraham Johannes Muste, pertencente a um Comitê Não Violento contra as Armas Nucleares: “Não existe caminho para a paz. A paz é o caminho!” A única forma de superar a letalidade da necropolítica, centrada na violência e no ódio, que gera a cultura do inimigo, que deve ser eliminado, consiste em trilhar o caminho do diálogo e da confiança, abrindo-nos para a resolução criativa e não violenta dos conflitos.
A não violência, longe de ser apenas uma técnica de negociação, ou uma estratégia de distensão, é uma espiritualidade que nos ancora e transparece a bondade, misericórdia e compaixão divinas. A espiral da violência, pelo contrário, conduz sempre a destruição e aniquilação dos rivais, seguindo a lei do Talião (dente por dente e olho por olho), afirma Ghandi, todos ficaremos banguelas e caolhos.
Por isso, o Papa São João Paulo II ensinava: “é necessário superar o antigo adágio romano: si vis pacem para bellum, pelo pensamento cristão se queres paz, prepara-te para a paz”. Um projeto de Nação precisa de ser alicerçado numa cultura e educação para a paz, que é sempre um caminho aberto, um construto que exige a vivência dos quatro pilares da Pacem in Terris de São João XXIII: o amor e a verdade, a justiça e a liberdade. Deus seja louvado!
Fonte: https://www.cnbb.org.br/
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