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Aumentos alarmantes foram registrados inclusive entre adolescentes e idosos.
O número de suicídios na Espanha aumentou para “níveis históricos” nesta pandemia.
Entre os dados alarmantes divulgados no final do ano passado está o fato de que, em 2020, o país registrou o maior número de suicídios da sua história: 3.941 pessoas tiraram a própria vida, 74% das quais eram homens e 26% mulheres. Trata-se de um aumento de 7,4% na comparação com 2019. Os números de 2021 ainda não foram consolidados.
Outra informação alarmante é que, em 2020, o suicídio se tornou a primeira causa de mortes não naturais na Espanha. As mortes por acidentes de trânsito, por exemplo, são cerca de três vezes menos frequentes do que os suicídios no país.
A faixa etária com o maior número de suicídios entre os espanhóis é a dos 40 a 59 anos, com um total de 1.608 em 2020, mas há um crescimento muito preocupante na faixa dos jovens menores de 15 anos: houve 14 suicídios de adolescentes desse grupo etário em 2020, nada menos que o dobro dos casos de 2019. Ainda em 2020, foi registrado 20% de aumento do número de suicídios também entre os maiores de 80 anos.
Por outro lado, também tem chamado atenção o fato de que, entre as medidas preventivas, está crescendo o reconhecimento da importância da espiritualidade e da religião como fatores capazes de ajudar as pessoas que pensam em suicídio a não cometerem o ato.
Um exemplo vem da Colômbia, onde a Universidade Católica Luis Amigó, de Medellín, realizou uma pesquisa nos registros psicológicos de pessoas que se suicidaram e constatou que, na grande maioria dos casos, não constam dados sobre fatores espirituais ou religiosos na análise da vida dessas pessoas. Os pesquisadores observam, no entanto, que “o fator espiritual-religioso é indispensável tanto na prevenção do suicídio quanto na intervenção oportuna antes do ato suicida” e mesmo depois do fato consumado, no tocante aos familiares impactados pela perda violenta. Eles acrescentam, porém, que a relevância do fator espiritual-religioso é “em grande parte desconhecida pelos profissionais de saúde mental”.
O assunto é, promissoramente, cada vez mais abordado também pelas pastorais da Igreja Católica envolvidas na promoção da vida e no acolhimento e acompanhamento espiritual das pessoas em risco de suicídio.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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