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No vídeo com a primeira intenção de oração deste ano,
Francisco afirma que perseguir as pessoas "simplesmente por professar
publicamente sua fé não só é inaceitável, é desumano, é insano".
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No vídeo com a primeira
intenção de oração deste ano, divulgado nesta terça-feira (04/12), o Papa
Francisco pede para rezar pelas pessoas que são perseguidas por causa de sua
fé. Esta edição de janeiro contém uma mensagem forte a favor da liberdade
religiosa e das pessoas que sofrem discriminação.
O Vídeo do Papa deste mês
conta com o apoio da fundação pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre"
(AIS), organização internacional caritativa católica cuja missão é ajudar os
fiéis onde quer que sejam perseguidos, oprimidos ou estejam necessitados, através
da informação, oração e ação. Reforça a ideia de que nas sociedades em que
vivemos e nos desenvolvemos, há de florescer o reconhecimento dos direitos e da
dignidade que todos temos pelo fato de sermos pessoas.
Como é possível que hoje
muitas minorias religiosas sofram discriminação ou perseguição? Como permitimos
que nesta sociedade altamente civilizada existam pessoas que são perseguidas
simplesmente por professar publicamente sua fé? Isso não só é inaceitável, é
desumano, é insano.
"A liberdade religiosa
não se limita à liberdade de culto, ou seja, a que se possa ter um culto no dia
prescrito pelos seus livros sagrados", ressalta Francisco na mensagem. A
liberdade religiosa está ligada ao conceito de fraternidade e para começar a
percorrer os caminhos da fraternidade que o Papa tanto insiste há anos, é
necessário não só respeitar os outros, mas valorizá-los "em suas
diferenças e reconhecê-los como verdadeiros irmãos".
Como seres humanos, temos
tantas coisas em comum que podemos conviver acolhendo as diferenças com a
alegria de ser irmãos. Que uma pequena diferença, ou uma diferença substancial
como a religiosa, não obscureça a grande unidade de ser irmãos. Vamos escolher
o caminho da fraternidade. Porque ou somos irmãos, ou todos perdemos.
"Rezemos para que as
pessoas que sofrem discriminação e perseguição religiosa encontrem nas
sociedades em que vivem o reconhecimento e a dignidade que nasce de ser irmãos
e irmãs", conclui o Papa.
Segundo o Relatório sobre a Liberdade
Religiosa no Mundo publicado pela AIS em abril de 2021, a
liberdade religiosa foi violada em um terço dos países do mundo, onde vivem
cerca de 5,2 bilhões de pessoas. O mesmo relatório afirma que mais de 646
milhões de cristãos vivem em países onde a liberdade religiosa não é
respeitada.
Desde 2020 tem sido denunciado uma quantidade de minorias
étnicas e religiosas, especialmente as de origem muçulmana, que não desfrutam
de plenos direitos de cidadania nos países em que vivem.
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