Crédito: O Catequista |
Muita gente diz: “Ele morreu
porque chegou a hora dele”. Isso é verdade? Bem, DEPENDE:
É VERDADE, se entendemos que
Deus está no comando e, mesmo que um mal terrível aconteça, no Fim dos Tempos
veremos que dali Ele tirou algum bem maior; mas
NÃO É VERDADE, se achamos que
Deus estabelece o dia exato em que vamos morrer.
Como ninguém sonda a mente do
Criador, não podemos negar a possibilidade de algumas pessoas terem um dia
certo para morrer. Mas, de modo geral, ninguém tem um dia certo para
morrer, fixado por Deus – explica o grande teólogo Dom Estêvão
Bettencourt (Revista PR 502/2004).
Imagine alguém que levasse até às últimas consequências a crença de que só
morremos “na hora certa”. Por coerência lógica, a pessoa ignoraria todos os
cuidados com a saúde! Não precisaria observar a correnteza antes de entrar no
mar... Não teria medo entrar sem proteção em uma sala com um paciente infectado
pelo vírus ebola... Não correria ao ver um bandido atirando no meio da
rua, porque, se não tiver chegado “a hora”, a pessoa não vai morrer, não é
mesmo?
Mas não é assim! Várias forças interagem para determinar a hora da
nossa morte.
Nos séculos anteriores, a média de expectativa de vida da população era muito
mais baixa. E a mortalidade infantil era bem maior! É evidente que a evolução
da tecnologia médica e a difusão de certas medidas de higiene interferem no
número de dias que as pessoas vivem.
Pelas nossas escolhas, podemos encurtar os nossos dias na Terra
(suicídio, hábitos alimentares ruins, abuso de drogas, álcool etc.).
Também há as tendências
determinadas pela nossa carga genética.
A imperícia, a negligência ou a maldade dos homens também pode
interferir (acidentes no trânsito, erros médicos, guerras, assassinatos, crimes
ambientais etc.).
Por fim, há os fenômenos da natureza, tais como terremotos,
enchentes, atividades vulcânicas, entre outros.
No Antigo Testamento há passagens em que se diz que os dias da nossa vida estão
prefixados, como o Salmo 1 e Eclesiastes 3,1-8, por exemplo. Mas é preciso
lembrar que, mesmo sendo o texto divinamente revelado, os hagiógrafos
(escritores) do Antigo Testamento não tinham um conhecimento mais amplo e
perfeito da revelação - que só viria com o Novo Testamento. É por isso que há
passagens no A.T. dizendo que os mortos não têm consciência e estão dormindo,
por exemplo (mas sabemos que eles estão conscientes e podem interceder por nós,
se estão no Céu).
Mas um entendimento mais amplo
desse mistério está em Isaías (38,1):
Assim diz o
Senhor, o Deus de teu pai Davi: "Ouvi a tua oração, vi as tuas lágrimas;
eis que acrescentarei quinze anos à tua vida’”. Aí fica claro que as atitudes
de uma pessoa podem alterar o número de dias de sua vida."
Aí fica claro que as atitudes
de uma pessoa podem alterar o número de dias de sua vida.
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