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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Núncio na Ucrânia: quem provoca a guerra não tem o direito de chamar-se cristão

Ucranianos participam da Marcha da Unidade pela Ucrânia no centro de Kiev,
em meio a tensões na fronteira Ucrânia-Rússia. (EPA/SERGEY DOLZHENKO)-
(ANSA)

É alta a tensão no leste europeu com a ameaça de uma invasão russa no território ucraniano. Vários países têm diminuído o pessoal diplomático nas embaixadas em Kiev. Na última quarta-feira, em mais um apelo pela paz, o Papa pediu para não esquecer que "a guerra é uma loucura".

"Repito a todos que, aqueles que causam a guerra ou aqueles que não se comprometem em proteger a paz, não têm o direito de se chamar cristão".

O núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, não mede palavras nessas horas tão delicadas em que a paz mundial está tão duramente ameaçada.

"As pessoas estão muito preocupadas e tensas", disse o núncio à Agência SIR dos bispos italianos: "É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos, porque quase sempre há algum conflito entre os interesses de parte".

"Meu sonho – acrescenta Visvaldas Kulbokas - é ver não só na Europa, mas em todos os lugares, mais pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação, reconhecendo que se trata de uma vocação digna, a serviço de todos, de não deixar nas mãos de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem nada”.

Ao ser questionado sobre qual caminho tomar para promover a paz nos dias atuais, o núncio não hesita em responder: "Antes de tudo, converter-nos a Deus e ao nosso verdadeiro e eterno 'eu', isto é, a nós como seres humanos, chamados a ser luz e amparo uns dos outros".

E acrescenta: “Nós, como pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira fé em Deus temos a possibilidade - e a chave certa - de resolver os conflitos; gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.

“A paz e a promoção da convivência entre todos – recorda o núncio – continuam sendo nossa vocação clara e imperativa. Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”.

*Com Agência Sir

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF