Ucranianos participam da Marcha da Unidade pela Ucrânia no centro de Kiev, em meio a tensões na fronteira Ucrânia-Rússia. (EPA/SERGEY DOLZHENKO)- (ANSA) |
É alta a tensão no leste europeu com a ameaça de uma
invasão russa no território ucraniano. Vários países têm diminuído o pessoal
diplomático nas embaixadas em Kiev. Na última quarta-feira, em mais um apelo
pela paz, o Papa pediu para não esquecer que "a guerra é uma loucura".
"Repito a todos que,
aqueles que causam a guerra ou aqueles que não se comprometem em proteger a
paz, não têm o direito de se chamar cristão".
O núncio apostólico na
Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, não mede palavras nessas horas tão delicadas em
que a paz mundial está tão duramente ameaçada.
"As pessoas estão muito
preocupadas e tensas", disse o núncio à Agência SIR dos bispos italianos:
"É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas
adequadas para superar os conflitos, porque quase sempre há algum conflito
entre os interesses de parte".
"Meu sonho – acrescenta
Visvaldas Kulbokas - é ver não só na Europa, mas em todos os lugares, mais
pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação, reconhecendo
que se trata de uma vocação digna, a serviço de todos, de não deixar nas mãos
de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem
nada”.
Ao ser questionado sobre qual
caminho tomar para promover a paz nos dias atuais, o núncio não hesita em
responder: "Antes de tudo, converter-nos a Deus e ao nosso verdadeiro e
eterno 'eu', isto é, a nós como seres humanos, chamados a ser luz e amparo uns
dos outros".
E acrescenta: “Nós, como
pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira
fé em Deus temos a possibilidade - e a chave certa - de resolver os conflitos;
gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.
“A paz e a promoção da
convivência entre todos – recorda o núncio – continuam sendo nossa vocação
clara e imperativa. Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem
Maria”.
*Com Agência Sir
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