Papa Francisco discursa no simpósio sobre sacerdócio / Vatican Media |
VATICANO, 17 fev. 22 / 04:19 pm (ACI).- “O celibato é um dom que a Igreja latina salvaguarda, mas é um dom que para ser vivido como santificação, requer relações saudáveis, relações de verdadeira estima e verdadeira bondade que encontram sua raiz em Cristo”, disse o papa Francisco na inauguração do Simpósio Internacional "Por uma teologia do sacerdócio", hoje, 17 de fevereiro.
O simpósio é promovido pelo prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet, e acontece no Vaticano até o dia 19 de fevereiro.
"Sem amigos e sem oração, o celibato pode tornar-se um fardo insuportável e um contra-testemunho da própria beleza do sacerdócio", disse o papa num longo discurso em que improvisou várias vezes. “Atrevo-me a dizer que onde funciona a fraternidade sacerdotal e há laços de amizade autêntica, também é possível viver com mais serenidade a escolha do celibato”.
O papa Francisco defendeu o celibato sacerdotal obrigatório em diferentes ocasiões.
Diante da especulação de alguns dos promotores do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, realizado em outubro de 2019 em Roma, de que poderia haver uma flexibilização da regra, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse: “a posição do Santo Padre sobre o celibato é conhecida”.
Bruni citou em um comunicado oficial as palavras do papa Francisco durante a coletiva de imprensa no avião de regresso do Panamá, na qual disse que “vem-me à mente aquela frase de São Paulo VI: ‘Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato’”.
Naquela ocasião, o papa Francisco disse: “Pessoalmente, penso que o celibato é uma dádiva para a Igreja. Não estou de acordo com permitir o celibato opcional. Não. Haveria qualquer possibilidade apenas nos lugares mais remotos; penso nas ilhas do Pacífico... quando há necessidade pastoral, aí o pastor deve pensar nos fiéis”.
Na exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, publicada em 12 de fevereiro de 2020, o papa não abriu a porta à possibilidade de ordenar sacerdotes homens casados para celebrar a Eucaristia em áreas remotas e isoladas da selva amazônica.
Fonte: https://www.acidigital.com/
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