Fiéis em oração na Catedral ucraniana da Santa Família em Londres | Vatican News |
Diante da violência avassaladora da guerra, às populações
atônitas do mundo inteiro não resta que rezar e ajudar aqueles que sofrem. Há
medo e perplexidade diante da loucura de um conflito que pode se tornar muito
maior. Não podemos ficar indiferentes.
Sergio Centofanti – Vatican
News
Conflito Ucrânia - Rússia (ANSA) |
Não nos resta que rezar.
Diante da violência inaudita e avassaladora da guerra, diante dos pesadelos de
um conflito maior e devastador, diante da loucura e da irracionalidade que
fazem o mundo tremer, nada mais resta senão invocar a Deus. Toda a humanidade
está angustiada com as notícias que chegam da Ucrânia. Há incredulidade, medo,
perplexidade. Há quem fala de sinais apocalípticos: a pandemia, as alterações
climáticas, a guerra. Há quem recorde como começou a II Guerra Mundial: o
Anschluss, a Sudetenland, a Polônia. O que podemos fazer diante do grande
mistério da iniquidade? Somente elevar os olhos para o céu e rezar.
Podemos ajudar aqueles que
sofrem. A Caritas está na linha de frente. Podemos pensar nas crianças, nas
mães, nos pais, nos avós, nos homens e mulheres da terra ucraniana, que agora
está tão próxima de nós. Eles pedem ajuda, solidariedade. Juntamente com eles
estamos chocados, aterrorizados. Hoje sofrem eles, amanhã quem sabe. Não podemos
ficar indiferentes. Eles são nossos irmãos e irmãs.
Armas nucleares (©lukszczepanski - stock.adobe.com) |
O que se quer ocupar? O que se
quer destruir? Que armas serão usadas? Outros países serão atacados? Com que
justificativas estúpidas e falsas? Não queremos acreditar que haja alguém tão
louco a ponto de arriscar devastar o mundo para acrescentar um pouco de poder
ao seu poder. O poder deste mundo passa rapidamente. E depois virá o juízo de
Deus. Mas a história nos ensina que, nestes casos, muitas vezes, o julgamento
humano vem por primeiro.
Soldados vão para a guerra. Obedecem. Eles matam e são mortos. Por um pedaço de terra que algum poderoso ambiciona. Alguém vai recusar a ordem de matar inocentes? Alguém se rebelará contra o comando para realizar um bombardeio indiscriminado e atroz? Ou todos terão orgulho em esmagar os mais fracos? Gigantes orgulhosos em espezinhar os menores.
Diante desses eventos, sentimo-nos inermes, sem palavras.
Não nos resta que rezar. E ajudar, cada um como pode. Todos nós devemos rezar.
Elevando nossa voz fraca para Deus. Mesmo aqueles que pensam que são ateus podem
rezar. Basta um pensamento. O Criador ouve o grito de todas as suas criaturas.
Devemos estar todos unidos agora, esquecendo toda divisão, todo contraste, todo
rancor, para poder dizer juntos: Senhor, livrai-nos do mal.
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