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segunda-feira, 28 de março de 2022

Cuidado com a soberba ao contemplar suas boas ações

Crédito: A Catequista
Por A Catequista

Se você é um católico sincero, aposto que, em meio a muitos limites e defeitos, você irradia a beleza de suas virtudes nas mais diversas atitudes e pensamentos. É impossível amar Jesus e não refletir, ao menos uma vez ou outra, a santa luz que dEle provém.

Mas o demônio é tão astuto que, até no bem que fazemos, procura semear a podridão e tirar dali algo mau. E assim, vemos tantos cristãos com ego inflado e “se achando”, caçando elogios e buscando exibir para o máximo de pessoas possível o bem que fizeram.

Isso acontece quando o maligno consegue contaminar a água límpida das boas ações com o veneno da SOBERBA.

Vamos diferenciar bem as coisas, para não haver confusão: é justo e natural a gente ficar triste quando recebemos ingratidão em troca do bem que fizemos. Ingratidão é uma das piores pragas!

Ter uma serena alegria ao perceber as próprias qualidades intelectuais, morais e espirituais também não é soberba. Por exemplo, ao fim da vida, São Paulo examinou a si mesmo e disse: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé" (II Tim 4,7). Isso não é falta de humildade, é a serenidade de quem sabe que muito amou, por meio da doação generosa de si mesmo dia após dia.

Mas bem diferente disso é você ficar frustrado porque acha que não recebeu o reconhecimento que desejaria, os aplausos que sonhava ao fazer determinada boa ação. Se você se sente assim, é porque não fez o bem por amor, e sim por vaidade! 

Quanta gente não abandona os serviços pastorais ou as ações de caridade em nossas igrejas, dizendo que seu trabalho não estava sendo reconhecido? Quanta gente perde a motivação por fazer determinado bem, porque não recebe a recompensa que acha que merece – elogios, fama ou capacidade de influência?

Ainda que alguém seja realmente uma pessoa maravilhosa, praticamente um santo, a maior parte do mérito dessa bondade é do Criador, e não da criatura. Além do mais, quem está de pé hoje, se não ficar muito atento, pode cair e se tornar uma pessoa pérfida amanhã. Por isso, tudo é dom de Deus!

A história a seguir ilustra perfeitamente o que estamos dizendo:

Certa vez, São Martinho de Lima ao descer a escada, ouviu uma voz chamando-o de santo e dizendo que ele era um homem repleto de virtudes, entre outros elogios. Martinho, pensando que era o Senhor que lhe falava, respondeu que era apenas o Seu humilde servo. No entanto, depois de um tempo, percebeu que aquela voz sedutora, que o lisonjeava, provinha do inimigo e imediatamente fez uma cruz na parede, repreendendo o enganador. De fato, Martinho era um homem santo e virtuoso. O demônio não estava mentido a seu respeito, mas usou de sua santidade para fazê-lo sair na soberba de achar que tinha os méritos de suas boas ações.

- Irmã Ana Paula, CMES. O segredo de ser você

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF