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Redação (07/03/2022 16:15, Gaudium Press) A guerra entre a Rússia e a Ucrânia avança com cada vez mais perigo, para eles e para o mundo. Quando a força bélica nuclear entra na ordem do dia, aventa-se toda espécie de terror.
A mise en scène mundial está ficando, dia a dia, mais delineada, embora cause muita perplexidade o silêncio em que, até o momento, tem sido a atitude do outro gigante asiático, a China, cuja ação – talvez capital – poderá fazer a balança dos fatos propender para um ou outro lado.
Em grossos traços, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem rascunhado uma situação muito inquietante, moral e civilmente falando: do país comunista, cujas páginas de sua história registram uma das perseguições mais sangrentas e odiosas à Igreja Católica, imerge a tentativa de fazer suplantar aquela imagem pela de um títere, defensor da moral e dos bons princípios; porém, à base de tiros e bombas. O susto causado na opinião pública é grande, e sua personagem passa a ser questionada com mais cautela.
Todavia, este mundo, que vinha olhando e admirando o progresso russo, em grande parte, passa a apoiar a infensa Ucrânia – escolhida para ser o tabuleiro de xadrez entre aliados e inimigos. Surge, pois, inevitavelmente, a necessidade de optar por alguém; e aqui está o perigo civil que pode engrossar o caldo em prol de uma contenda universal.
Com efeito, quando deseja-se mudar as bases do mundo e seus spallas, nada mais eficaz do que uma guerra…
Nesses momentos de tensão, é imperioso olhar para os dirigentes do mundo e fazer o balanço do que foi, e do que está sendo, para se tentar chegar a uma opinião concludente do que será. No último decênio, se os fiéis católicos puderam ouvir um sem-fim de vezes discursos reclamando a paz, é justamente ela que falta.
Ao se pretender um advento da reconciliação – entre as nações e as religiões –, é a divisão que começa a reinar.
Logo, teriam sido os apelos pela ordem mundial, já tão desgastados, os promotores dos confrontos nucleares, apesar dos contatos diplomáticos?
Nesse panorama toldado pela dúvida e pela incerteza, cujo fim – salvo uma intervenção divina – aponta para uma terceira guerra mundial, quem dele será o responsável?
Se um pastor, vendo que lobos vorazes farejam seu rebanho para atacá-lo, preocupa-se em espantar abelhas que o incomoda, em vez de defendê-lo, estaria ele cumprindo seu ofício?
A ocorrência dos fatos direciona-se, pois, para uma mudança de ventos, colocando em realce não mais os Estados Unidos e as potências europeias, mas sim aqueles que teriam alguma capacidade de fazer-lhes páreo: Rússia, China e Brasil.
Ao despontarem estes três países continentais, a convergência dos acontecimentos acarretará, sem dúvida, uma guinada para o campo religioso, visto que os rumores das conhecidas – ou melhor, desconhecidas – profecias de Fátima[1] assinalam algo do protagonismo russo, do mal que seria – e que já está sendo – espalhado pelo mundo em conluio com outras nações, é claro; e do singular e admirável papel do Brasil, terra de promessas e fé católica arraigada.
Seja como for, do terceiro segredo de Fátima e da [presumível] terceira guerra mundial dependerá o futuro da humanidade.
Por hora, crê-se que a Rússia vencerá a refrega; a China procurará aproveitar-se das circunstâncias para conquistar maior ingerência comercial e financeira no mundo – em particular empós da guerra –, e o Brasil, projetado mundialmente.
Bonifácio Silvestre
[1] Em 1917, em uma de suas aparições, Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atendessem a seus pedidos, a Rússia se converteria, e o mundo teria paz; caso contrário, espalharia seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.
Fonte: https://gaudiumpress.org/
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