Papa Francisco durante audiência geral | Vatican Media |
Na dor pela guerra, o Papa Francisco convidou os
presentes na audiência geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI, no
Vaticano, a rezar todos juntos a Deus, Pai de Misericórdia, num veemente pedido
de perdão ao Senhor pela guerra em curso na Ucrânia.
Vatican News
Ao término da audiência geral
desta quarta-feira, 16 de março, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na qual o Papa
prosseguiu sua série de catequeses dedicada aos anciãos, Francisco leu uma
oração escrita pelo arcebispo de Nápoles, sul da Itália, dom Mimmo Battaglia,
intitulada “Senhor, perdoai-nos a guerra”, à qual o Pontífice fez alguns
acréscimos.
“Queridos irmãos e irmãs, na
dor por esta guerra, façamos uma oração juntos, pedindo ao Senhor o perdão e
pedindo a paz”, disse Francisco.
A seguir, na
íntegra, a oração:
Senhor, perdoai-nos a guerra.
Senhor Jesus Cristo, Filho de
Deus, tende piedade de nós, pecadores.
Senhor Jesus, nascido sob as
bombas de Kiev, tende piedade de nós.
Senhor Jesus, que morrestes
nos braços da mãe num bunker em Kharkiv, tende piedade de nós.
Senhor Jesus, que vedes ainda
as mãos armadas à sombra de vossa cruz, tende piedade de nós.
Perdoai-nos, Senhor,
perdoai-nos se, não contentes
com os pregos com os quais transpassamos vossa mão, continuamos a beber do
sangue dos mortos dilacerados pelas armas.
Perdoai-nos se estas mãos, que
criastes para cuidar, se tornaram instrumentos de morte.
Perdoai-nos, Senhor, se
continuamos a matar nosso irmão, perdoai-nos se continuamos como Caim a remover
pedras de nosso campo para matar Abel. Perdoai-nos, Senhor, se continuamos a
justificar a crueldade com nosso cansaço, se com nossa dor legitimamos a
crueldade de nossas ações.
Senhor, perdoai-nos a guerra.
Senhor, perdoai-nos a guerra.
Senhor Jesus Cristo, Filho de
Deus, nós vos imploramos! Detenhais a mão de Caim!
Iluminai a nossa consciência,
que não seja feita a nossa
vontade,
não nos abandoneis às nossas
próprias ações!
Detenhais-nos, Senhor,
detenhais-nos!
E quando tiverdes detido a mão
de Caim, tende conta dele também. Ele é nosso irmão.
Ó Senhor, colocai um freio à
violência!
Detenhais-nos, Senhor!
Amém.
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