Professora Simone Caputo Gomes - especialista em Literatura e Cultura cabo-verdianas |
Brasileira, Simone Caputo Gomes considera Cabo Verde a
sua segunda Pátria. Aproximou-se dele, através da literatura, nos anos 70 e a
paixão por esse arquipélago, a sua gente e cultura foi aumentando até hoje.
Convidada ao programa “África em Clave Feminina: música e arte”, a Professora
Simone falou desta sua segunda Pátria, em vários aspetos semelhante ao Brasil.
Dulce Araújo - Vaticannews
A Professora Simone Caputo
Gomes tem o dom de pôr a alma, o carinho, um certo sabor e doçura na sua forma
de falar e narrar as coisas. Sente-se isto na conversa que teve connosco no
programa "África em Clave Feminina: música e arte", emissão semanal
do Programa Português (África) da Rádio Vaticano sobre mulheres artistas da
África e da diáspora, para a qual foi convidada na qualidade de promotora da
literatura cabo-verdiana, africana.
Na conversa, focada
particularmente sobre a sua obra Cabo Verde: Literatura em Chão de
Cultura, explica a razão desse título e a articulação do conteúdo em
volta de temas-ícones como o milho, o batuque, o vulcão. Qualquer pessoa mesmo
sendo cabo-verdiana/o é raptada pela leitura que faz desses elementos.
Aposentada de duas
Universidades brasileiras, Simone Caputo Gomes é, todavia, Professora
Sénior e continua com a agenda plena de conferências, estudos e trabalhos
dentro e fora do Brasil. De resto, não podia deixar de ser assim, visto o seu
excecional curriculum em estudos de literaturas africanas, como mostra o poeta,
ensaísta e editor (Rosa de Porcelana Editora) Filinto Elísio, na sua crónica
sobre ela.
Primeira da sua geração no dar
o ponta pé de saída a estudos sobre a literatura de Cabo Verde no Brasil a um
certo nível, nos anos 70, Simone Caputo Gomes considera que houve avanços
consideráveis nestas décadas em termos de número e qualidade dos estudos
produzidos e também pelo aumento de pesquisadores. As mulheres nesses estudos
não ficam de fora. Antes pelo contrário! Mas há áreas dos PALOP (Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa) que precisam de uma maior cobertura -
afirma.
O melhor, contudo, é ouvir diretamente as suas
palavras:
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