“Deponham-se as armas, se inicie uma trégua pascal", implorou o Papa |
“Deponham-se as armas, se inicie uma trégua pascal, mas
não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma trégua para se
chegar à paz, através de uma verdadeira negociação, disponíveis também a
qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela
que fincará uma bandeira sobre um acúmulo de escombros?", disse o Papa
antes do Angelus na Praça São Pedro.
Bianca Fraccalvieri – Vatican
News
Uma “trégua pascal”: foi o que
pediu o Papa Francisco ao final da missa do Domingo de Ramos, antes de rezar o
Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Ao nos dirigir a Nossa
Senhora, disse o Pontífice, recordamos o que o Anjo do Senhor disse a Maria na
Anunciação: “Nada é impossível a Deus”.
“Nada é impossível a Deus,
repetiu o Papa, inclusive fazer cessar uma guerra da qual não se vê o fim, uma
guerra que todos os dias nos coloca diante dos olhos massacres hediondos e
atrozes crueldades realizados contra civis inermes. Rezemos por esta intenção.”
Estamos nos dias que precedem
a Páscoa, disse ainda o Pontífice, ou seja, nos preparamos para celebrar a
vitória de Jesus sobre o pecado e a morte e não contra alguém.
“Mas hoje há a guerra, porque
se quer vencer assim, de maneira mundana, mas assim somente se perde. Por que
não deixar que Ele vença? Cristo carregou a cruz para nos libertar do domínio
do mal, morreu para que reine a vida, o amor e a paz.”
E fez seu enésimo apelo:
“Deponham-se as armas, se inicie uma trégua pascal, mas
não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma trégua para se
chegar à paz através de uma verdadeira negociação, disponíveis também a
qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela
que fincará uma bandeira sobre um acúmulo de escombros? Nada é impossível a
Deus. A Ele confiamos por intercessão da Virgem Maria.”
A oração do Papa
pelos peruanos
Antes da oração mariana, o Pontífice saudou os peregrinos
oriundos de vários países e quem acompanhou a cerimônia através dos meios de
comunicação. Em especial, saudou “o querido povo do Peru”, que está
atravessando um difícil momento de tensão social. Francisco garantiu sua
oração, fazendo votos de que todas as partes encontrem o mais rápido possível
uma solução pacífica pelo bem do país.
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