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Maria, em pé aos pés da cruz, agora nos acompanha em nossos caminhos para nos ajudar a viver nossas ressurreições cotidianas.
Passado o drama da Cruz, tudo é silêncio. Silêncio e espera. Os evangelhos não nos trazem detalhes precisos do que aconteceu depois que o sepulcro foi fechado. Era Sabat e todos só podiam fazer uma coisa: esperar. Para as mulheres que seguiam Jesus a espera era poder cuidar de Seu Corpo. Já para os soldados, era que nada de extraordinário acontecesse. Para os discípulos, saber que rumo tomar em suas vidas.
E para Maria? Para aquela que gerou em seu ventre o Filho de Deus, que o acompanhou em seus primeiros passos, que intercedeu para o seu primeiro milagre. Aquela que o acompanhou durante a sua Paixão? Que recebeu seu corpo sem vida na descida da Cruz. Qual era a sua espera?
Os evangelhos não trazem detalhes precisos da ressurreição. Eles se contentam em nos mostrar um sepulcro vazio. E o último detalhe que nos é dado de Maria é narrado pelo evangelista João: “perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe…” (Jo 19, 25) Ela permanecia de pé.
Maria e a ressurreição do seu Filho
Maria esperava a realização da obra de Deus. A realização da palavra dita pelo anjo “ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.” (Lc 1, 32) E de pé, aos pés da Cruz, ela esperava, como sinal de esperança e de confiança.
Talvez cada um de nós carregue secretamente esse desejo de saber se Maria foi a primeira ou não a receber a visita de Jesus depois da ressurreição. Seria lógico, pensamos, que o filho se mostrasse primeiramente à sua mãe, depois dela ter passado por tanto sofrimento… Mas os evangelhos silenciaram-se diante deste questionamento. Como se eles respeitassem este momento de intimidade entre a mãe e o filho.
Podemos somente imaginar o que poderia ter acontecido. E como poderia ter acontecido. E a única certeza que temos é que aquela que permaneceu de pé diante de cruz, de uma maneira ou de outra foi testemunha da plena realização da obra de Deus na vida de seu povo. Maria, mãe das dores, é a mãe da esperança, da espera, da fé! O caminho do calvário deu lugar ao caminho da luz.
Este novo caminho é balizado pela intimidade que podemos ter com o Senhor através da oração, da leitura da Palavra, da caridade fraterna e da prática sacramental. Neste caminho podemos contar com a intercessão amorosa de Maria.
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“Perto da cruz de Jesus está sua mãe…” sinal de vitória. De esperança. De certeza de que, mesmo que tudo esteja nebuloso, Deus continua sua obra. Um lembrete que nos diz que nos momentos mais vulneráveis de nossas vidas e de nossa caminhada, podemos abraçar essa mãe que conhece a dor e que nos ajuda a esperar, não sem lágrimas, às vezes, mas esperar que sempre haja a Ressurreição.
Maria, de pé aos pés da cruz, agora nos acompanha em nossos caminhos para nos ajudar a viver nossas ressurreições cotidianas até o encontro definitivo com seu Filho, com quem ressuscitaremos na eternidade.
Padre Emmanuel Albuquerque, pelo Hozana
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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