Cléofas |
Quem é silencioso sabe escutar
Numa conversa entre amigos, sempre que o silêncio reinava por alguns segundos, alguém dizia: “Foi um anjo que passou por nós!”
Faz tempo que não escuto essa expressão! Ou os anjos estão assustados com as nossas conversas ou é a ausência de silêncio dos nossos dias. Vou ficar com a segunda opção! Uma mulher soube, por causa do silêncio, sentir a presença e ouvir o anjo. Maria é modelo de quietação para nós. Vamos aprender com Ela?
1. Silenciosa e escondida
No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, São Luís de Montfort nos leva a Nazaré a encontrar uma jovenzinha escondida. Não com medo, mas reservada, delicada e simples. Era Maria. São Luís afirma que nem os anjos conheciam essa mulher. O silêncio dela era do agrado de Deus e pela sua humildade foi escolhida para tão perfeita missão: mãe de Jesus.
Hoje, nossos barulhos pelas redes sociais, pelo ego, pelo desejo de sermos destaques nos impedem de gerar Cristo em nós. Pelo silêncio da Virgem, foi gerado o Verbo encarnado e, em nós, pelo barulho, são deixados de lado os ensinamentos do mesmo Verbo.
2. Silenciosa e confiante
Maria não contou a José sobre a gravidez. E nem a Isabel. A Palavra nos conta que José, percebendo a gestação, quis abandonar Maria em segredo. Certamente Maria orou muito. Abandonou-se em Deus e confiou. E José, por sonho, acreditou. A Bíblia também narra que Maria mal tinha chegado à casa de Isabel e já foi saudada por sua prima. Como Isabel sabia? Nossa Senhora não saiu divulgando a todos, mas pelo seu silêncio e jeito meigo tornou-se bendita. Precisamos aprender a maturidade do silêncio que nos leva a confiar e não nos vangloriar.
3. Silenciosa e grata
Sabe aquela expressão, “falou pouco, mas falou bonito”? Encaixa-se perfeitamente a Maria. Quando ela abriu a boca, cantou o Magnificat em gratidão ao amor de Deus.
Tem gente que quer enfeitar tanto sua fala que mais enche linguiça do que toca no coração das pessoas. Maria ensina a usar os lábios para o bem e não para ser o queridinho.
4. Silenciosa e perceptiva
Em Caná, Maria interveio para o primeiro milagre de Jesus. Nossa Senhora estava em um lugar barulhento. Era uma festa! Tinha música, conversas… E ela estava se divertindo, porém o fruto de uma vida regrada pelo silêncio fez Nossa Senhora perceber o drama dos noivos com o vinho que iria acabar.
Em muitas situações a agitação nos domina e não percebemos os necessitados e sofredores ao nosso lado.
5. Silenciosa e paciente
Aos pés da Cruz, diante da dor de ver seu filho morrendo, Maria poderia se desesperar. A dor era imensa, mas seu silêncio ajudava a cicatrizar as feridas. A quietação permitiu trocar olhares e dar força a Jesus.
Em nossas dores precisamos silenciar. A agitação no momento da Cruz só aumenta as feridas e nada resolve. Assim como nos momentos de raiva. Agir com a cabeça quente mais machuca do que cura.
6. Silenciosa e solícita
Quem é silencioso sabe escutar. Oferece os ouvidos para quem quer desabafar. Maria é refém dos nossos pedidos. Fica à espera de nossas orações e confianças.
Aprendamos com Ela a ser atenciosos, oferecendo nossos ouvidos para um simples desabafo.
7. Silenciosa e advogada
Os advogados precisam de muitos argumentos para defender seus clientes. Maria é tão bendita e formosa para Deus que uma palavra já basta para nos salvar. Ela é advogada e mãe de misericórdia. Quando a mãe fala o filho obedece!
Queremos ser do agrado de Deus a exemplo de Maria!
José Eymard, via Jovens de Maria
Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/05/10/7-exemplos-de-maria-para-praticar-o-silencio/
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