São João Paulo II, beato Carlo Acutis e beata Chiara Luce Badano / Vatican Media, Associação Carlo Acutis e Movimento dos Focolares |
Lisboa, 19 mai. 22 / 09:55 am (ACI).- O cardeal Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, apresentou oficialmente os 13 padroeiros da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. Entre eles estão são João Paulo II e os jovens beatos Carlo Acutis e Chiara Badano.
A edição de 2023 da JMJ acontecerá em Lisboa, Portugal, de 1º a 6 de agosto, e deve reunir centenas de milhares de jovens católicos.
Em comunicado divulgado ontem (18), o cardeal Clemente disse que "a padroeira por excelência da próxima Jornada Mundial da Juventude é a Virgem Maria, a jovem que aceitou ser mãe do Filho de Deus encarnado".
“Ela, que se levantou e correu para a montanha, ao encontro de sua prima Isabel, levando-lhe Jesus que ela havia concebido. Desta forma, ela ensina os jovens de todos os tempos e lugares a levar Jesus aos outros que o esperam, tanto agora como naquela época!”, disse.
Em seguida, o cardeal português disse que “são João Paulo II também é padroeiro. Devemos a ele a iniciativa das Jornadas, que têm reunido e animado milhões de jovens dos cinco continentes”.
O cardeal destacou que os “padroeiros e padroeiras são todos santos e santas que se dedicaram ao serviço da juventude e em especial são João Bosco, que são João Paulo II declarou ‘Pai e Mestre da Juventude’”.
“Contamos também com a proteção de são Vicente, diácono e mártir do século IV, que sendo padroeiro da diocese a todos acolherá e reforçará com a sua caridade e testemunho evangélico”, disse.
O patriarca de Lisboa disse que ao ser feita na capital portuguesa, “a Jornada terá o apoio celestial de alguns santos lisboetas, que daqui partiram para anunciar a Cristo.”.
"Como santo Antônio, nascido por volta de 1190, que mais tarde seguiria, já franciscano, rumo a Marrocos primeiro e logo em seguida para a Itália, o sul de França e de novo Itália, convertendo muita gente ao Evangelho que vivia e pregava", disse ele, lembrando que “o papa Leão XIII o chamava de 'o santo do mundo inteiro'”.
"Também de Lisboa foi, séculos depois, são Bartolomeu dos Mártires, dominicano e arcebispo de Braga", disse, que "quis reformar a Igreja, tornando os pastores mais próximos das ovelhas, como o Evangelho requer e tanto insiste o papa Francisco".
O patriarca de Lisboa disse que “um século mais tarde, “são João de Brito, jesuíta, partiu para a Índia, para anunciar Cristo. Imparável no anúncio e nas viagens difíceis, vestindo e falando de modo a chegar a todos os grupos e classes, foi martirizado em Oriur, em 1693”.
Entre os beatos padroeiros nascidos em Lisboa, o cardeal destacou "Joana de Portugal, filha do rei Afonso V, que podendo ter sido rainha em vários reinos da Europa preferiu unir-se a Cristo e à paixão de Cristo, partindo para o claustro aos dezenove anos. Morreu em Aveiro, no convento das freiras dominicanas, em 1490”.
"Nós a chamamos de santa Joana Princesa e ela nos leva a tomar decisões radicais", disse ele.
O cardeal Clemente destacou então o beato jesuíta João Fernandes, que em 1570 " foi martirizado ao largo das Canárias, quando se dirigia para a missão do Brasil.".
"Mais tarde, Maria Clara do Menino Jesus, jovem aristocrata nascida nos arredores da capital. Ficou órfã muito cedo, mas decidiu ser ‘mãe’ dos desamparados", lembrou.
O cardeal lembrou outros jovens "de outras origens, mas do mesmo Reino", entre eles "o beato Pedro Jorge Frassati que, até à sua morte em Turim, em 1925, aos 24 anos, tocou a todos com o dinamismo, a alegria e a caridade com que vivia o Evangelho, tanto escalando os Alpes como servindo os pobres”.
"Com a mesma juventude e generosidade contamos com o beato Marcel Callo, nascido em Rennes e morto no campo de concentração de Mauthausen em 1945", disse.
Em seguida, o cardeal Clemente destacou que "a beata Chiara Badano, jovem focolarina, identificou-se com Cristo abandonado na cruz quando, aos 16 anos, foi atingida por uma doença".
"Morreu dois anos depois, em 1990, sempre irradiando uma alegria luminosa que confirmou o nome 'Luce' dado a ela por Chiara Lubich", fundadora do Movimento dos Focolares.
“No ano seguinte, 1991, nasceu o beato Carlo Acutis, que morreu de leucemia em Monza aos 15 anos”, observou.
“A sua curta vida foi preenchida com grande devoção mariana e eucarística, que a habilidade com o computador lhe permitiu difundir, mesmo durante a doença. Fez de seu sofrimento uma oferta e morreu feliz”, disse.
“No tempo de cada um, os patronos da JMJ Lisboa 2023 demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude de sempre. Com eles contamos, com eles partimos!”, destacou o cardeal.
Além destes padroeiros, a JMJ Lisboa 2023 é também confiada aos padroeiros que cada diocese de Portugal escolheu como “referência para cada realidade diocesana”.
A primeira JMJ reuniu jovens em Roma, Itália, em 1986. Foram feitos encontros posteriores, com um intervalo de dois ou três anos, em Buenos Aires, Argentina; Santiago de Compostela, Espanha; Czestochowa, Polônia; Denver, EUA; Manila, Filipinas; Paris, França; Roma, Itália; Toronto, Canadá; Colônia, Alemanha; Sydney, Austrália; Madri, Espanha; Rio de Janeiro, Brasil; Cracóvia, Polônia. A mais recente foi no Panamá, em 2019.
Fonte: https://www.acidigital.com/
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