O Papa Francisco entre os fiéis na Praça São Pedro | Vatican Media |
Francisco responde numa carta manuscrita em espanhol a
algumas perguntas feitas pelo padre jesuíta James Martin, engajado na pastoral
com pessoas Lgbt.
Vatican News
O "estilo" de Deus é
"proximidade, misericórdia e ternura". Assim escreve o Papa Francisco
em uma breve resposta às perguntas feitas pelo padre jesuíta James Martin, que
realiza seu apostolado entre as pessoas Lgbt.
No último dia 5 de maio, o
religioso escreveu uma nota ao Papa em espanhol, perguntando se ele estaria
disposto a responder algumas das perguntas que os católicos Lgbt normalmente
lhe fazem. Alguns dias depois, o sacerdote recebeu uma nota manuscrita em
espanhol com suas respostas. O resultado foi uma mini-entrevista publicada esta
segunda-feira, 9 de maio, no site "Outreach",
a página web criada pelo jesuíta.
"A respeito de suas
perguntas - escreveu o Papa - vem à mente uma resposta muito
simples."
Qual é a coisa mais importante
que as pessoas Lgbt precisam saber sobre Deus?
Deus é Pai e não renega nenhum
de seus filhos. E o "estilo" de Deus é "proximidade,
misericórdia e ternura". Ao longo deste caminho vocês encontrarão Deus.
O que gostaria que as pessoas
Lgbt soubessem sobre a Igreja?
Gostaria que lessem o livro
dos Atos dos Apóstolos. Lá encontrarão a imagem da Igreja viva.
O que o senhor diz a um
católico Lgbt que foi rejeitado pela Igreja?
Gostaria que reconhecessem
isso não como "a rejeição da Igreja", mas, ao invés, como rejeição
por parte de "pessoas na Igreja". A Igreja é uma mãe e reúne todos os
seus filhos. Tomemos por exemplo a parábola dos convidados ao banquete:
"os justos, os pecadores, os ricos e os pobres, etc." (Mateus
22,1-15; Lucas 14,15-24). Uma Igreja "seletiva", de "puro
sangue", não é a Santa Madre Igreja, mas sim uma seita.
Também em julho do ano
passado, o Papa Francisco havia enviado ao padre Martin uma carta manuscrita em
espanhol, por ocasião do webinar "Outreach 2021", afirmando que Deus
"se aproxima com amor de cada um de seus filhos, de todos e de cada um
deles. Seu coração está aberto a todos e a cada um. Ele é Pai".
"Pensando em seu trabalho
pastoral - havia escrito o Pontífice na ocasião ao padre Martin -, vejo que
você tenta continuamente imitar este estilo de Deus. Você é um sacerdote para
todos e todas, como Deus é Pai de todos e de todas. Rezo por você para que
possa continuar assim, sendo próximo, compassivo e com muita ternura."
"Rezo por seus fiéis, seus 'paroquianos' - concluíra
o Papa, "por todos aqueles que o Senhor colocou ao seu lado para que você
possa cuidar deles, protegê-los e fazê-los crescer no amor de nosso Senhor
Jesus Cristo."
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