A Escola no Texas onde ocorrreu o massacre (ANSA) |
O apelo de Francisco após a catequese na audiência geral
desta quarta-feira (25): "Meu coração está abalado pelo massacre na escola
primária do Texas. Eu rezo pelas crianças, pelos adultos mortos e por suas
famílias. É hora de dizer basta para o tráfico indiscriminado de armas! Devemos
nos comprometer para que tais tragédias nunca mais possam acontecer".
Vatican News
"É hora de dizer basta
para o tráfico indiscriminado de armas. Devemos nos comprometer para que tais
tragédias nunca mais possam acontecer": são palavras do Papa nesta manhã
de quarta-feira (25), após sua catequese na Audiência Geral na Praça São Pedro.
Cardeal Cupich:
lamentamos, mas devemos agir
A reação dos bispos
estadunidenses foi imediata, em particular o Cardeal Blase Cupich, Arcebispo de
Chicago, condenou as leis sobre a posse de armas: "Devemos chorar e nos
aprofundarmos na dor... mas depois devemos estar prontos para agir". Já
passaram dez anos desde o massacre de Sandy Cook, também uma escola primária,
na qual 20 das 26 vítimas eram crianças. Recordando aquela e as muitas outras
tragédias que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos anos, o prelado se
perguntou: o que esperamos para nossos filhos? Que, como regulamento de sua
escola, aprendem a se comportar no caso de um ataque armado? Que se sintam em
perigo simplesmente fazendo o que a sociedade diz ser um bem para eles: ir à
escola? Que chegam a se questionar se têm futuro?".
"Temos mais
armas de fogo do que pessoas"
Dom Cupich, apoiado por todos os bispos dos Estados
Unidos, pediu a todos que imaginassem "ser um pai ou uma mãe com um filho
naquela escola", e depois: "imaginem ter que enterrá-los". Todo
o país está cheio de armas. "Temos mais armas de fogo do que
pessoas", afirma ainda Dom Cupich. Embora nem sempre tenha sido assim,
"os tiroteios em massa se tornaram uma realidade diária nos Estados Unidos
de hoje". "O direito de posse de armas nunca será mais importante do
que o vida humana", conclui Dom Cupich, acrescentando: "Nossos filhos
também têm direitos. E nossos agentes eleitos têm o dever moral de
protegê-los”.
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