O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (18/6), no Vaticano, os líderes juvenis | Vatican News |
Em um tempo marcado por uma cultura "líquida"
ou até "gasosa", o Papa explicou aos jovens indianos que a vida se
torna plena de sentido e fecunda quando dizemos "sim" a Jesus.
Manoel Tavares - Vatican News
O Santo Padre recebeu na manhã
deste sábado (18/6), no Vaticano, os líderes juvenis das várias Eparquias
siro-malabarenses da Diáspora e da Visita Apostólica na Europa, que vieram em
peregrinação a Roma, acompanhados de seus Pastores.
Em todas as peregrinações,
disse o Papa, buscamos sobretudo o Senhor Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida,
que seguimos e percorremos seu caminho de amor, o único que conduz à vida
eterna. E explicou:
“Não se trata de um caminho
cômodo, mas fascinante. Jesus nunca nos abandona, nunca nos deixa sozinhos. Se
abrirmos alas para Ele em nossa existência, partilhamos com Ele as alegrias e
tristezas e experimentaremos a paz que só Deus pode dar”.
Uma vida repleta
de sentido
Jesus, disse Francisco, não
hesitou em perguntar aos seus discípulos se eles realmente queriam segui-Lo ou
se preferiam seguir outro caminho. Naquele momento, Simão Pedro teve a coragem
de responder: “Senhor, para quem iremos? Somente vós tendes palavras de vida
eterna”.
Por isso, em um tempo marcado
por uma cultura "líquida" ou até "gasosa", o Papa explicou
aos jovens que a vida se torna plena de sentido e fecunda quando dizemos
"sim" a Jesus. Cada um pode se perguntar: “Será que me sinto amado,
gratuitamente, não por meus méritos, mas por puro dom? Eis a experiência que dá
sentido à nossa vida e coragem para dizermos ‘sim’ ao serviço e à
responsabilidade e ‘não’ à superficialidade e ao desperdício”!
Aqui, o Papa recordou aos
jovens da diáspora siro-malabarense que o apóstolo Tomé chegou até às costas do
oeste da Índia para semear o Evangelho, onde nasceram as primeiras comunidades
cristãs. Segundo a tradição, neste ano celebram-se os 1950 anos do martírio de
São Tomé, que, ao tocar as chagas de Jesus, disse: "Meu Senhor e meu
Deus!". E Francisco acrescentou:
“A Igreja é apostólica porque
é fundada no testemunho dos Apóstolos; ela continua a crescer não por
proselitismo, mas por testemunho. Todo batizado participa da sua edificação na
medida em que for testemunha. Vocês também são chamados a ser testemunhas entre
seus coetâneos da diáspora siro-malabarense, mas também entre os que não
pertencem à sua comunidade e os que nem conhecem o Senhor Jesus”.
Há um terreno comum, disse
ainda o Papa, em que todos os jovens se encontram: o desejo de um amor genuíno,
belo e grande. Por isso, exortou-os a descobrir os testemunhos de amor dos
santos, de todos os tempos, que demonstraram que o Cristianismo não consiste em
uma série de proibições, que sufocam o desejo de felicidade, mas um projeto de
vida, capaz de encher o coração.
Rumo à JMJ
Lisboa 2023
Ao concluir sua saudação aos líderes
da juventude siro-malabarense, o Santo Padre recordou o tema da próxima Jornada
Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa: "Maria levantou-se e foi
depressa". Desta forma, ao aceitar o anúncio do Anjo com o seu
"sim" para se tornar Mãe do Salvador, Maria foi imediatamente visitar
sua prima Isabel, que estava no sexto mês de gravidez. Ela não se fechou em si,
pensando nos grandes problemas que isso podia acarretar, não ficou paralisada
por orgulho ou medo. Pelo contrário, ao chegar à casa de Isabel entoou o seu
famoso hino, ditado pelo Espírito Santo: o Magnificat!
Por fim, referindo-se à visita de Maria à sua prima
idosa, o Papa disse: “Os jovens têm a força e os idosos a memória e a
sabedoria”. Por isso, “visitem seus parentes idosos; façam de suas vidas um
hino de louvor, participando da Santa Missa e do sacramento da Reconciliação”.
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