Pe. Mauro Argenton nas ruínas de São Miguel (Foto: Pe. Edejalmo Rubert) |
Pe. Mauro Argenton contou que uma das experiências mais
marcantes ao peregrinar no Caminho das Missões foi pensar no altar em São
Miguel onde eram celebradas as Missas pelos jesuítas: “Aqui vieram alguns
jesuítas em alguns momentos, quase sempre dois jesuítas, dois padres apenas,
europeus que estavam aqui em meio a 5 mil indígenas, e aqui celebravam a Missa,
do mesmo jeito que eu estou celebrando agora (...), pensar que essa história
vivida lá em 1600 está acontecendo agora de forma diferente".
Jackson Erpen – Cidade do
Vaticano
Conhecimento da história e
vivência da fé, aliados ao gosto pela oração profunda que permeia suas longas
caminhadas e peregrinações, levou o sacerdote da Diocese de Frederico
Westphalen (RS), padre Mauro Argenton, a percorrer o Caminho das Missões, um
percurso de 3, 9, 14 ou 30 dias que permite uma imersão na região que abrigou
uma "grande utopia da humanidade" – como a definiu Voltaire -, ou
seja, as Missões Jesuítico-Guaranis dos séculos XVII e XVIII.
“Quem puder, faça esse
caminho”, recomenda o sacerdote alpestrense, que estava acompanhado pelo padre
Edejalmo Rubert, e que devido à pandemia optaram em fazer um roteiro adaptado,
com sete dias de caminhada. Em visita aos nossos estúdios, padre Mauro falou
sobre suas impressões ao percorrer o trajeto entre São Nicolau e Santo Ângelo e
contou que outro objetivo da caminhada era buscar inspiração para o “Caminho
dos Mártires”, ou “Caminho dos Beatos” – não existe ainda um nome definido – um
percurso de 200 km na Diocese de Frederico para recordar o martírio e o legado
de fé de padre Manuel e do coroinha Adílio, beatificados em 2007.
A motivação para
a peregrinação
O primeiro deles é pela
vivência religiosa, histórica, daquele lugar. Muito antes de pensar em fazer
caminho, conhecendo as Missões, conhecendo a história, conhecendo no estudo da
teologia, aquilo me encanta, me comove, me arrepia de pensar e de lembrar o que
foi vivido lá. Aquele lugar para mim é mágico, e não é para mim, claro que não é
para mim isso, sabe-se que é pela sua história e pela vivência religiosa. Na
minha compreensão, como tantas pessoas têm essa compreensão, aquela experiência
de evangelização das Missões jesuíticas é um grande modelo. Para mim é um
grande modelo de inculturação, de levar a Palavra de Deus sem impor a Palavra
de Deus. Aquilo é lindo, é muito mais do que lindo, é de fato divino. Então
esse é o primeiro motivo. Estar lá era importante. Claro, eu já tinha ido lá
muitas vezes, mas a peregrinação também era importante. Depois tem a questão de
experiência pessoal. A oração, a oração de um peregrino – eu faço essa
experiência, eu gosto muito de caminhadas, de peregrinações - a oração de um
peregrino é diferente da oração de um turista, da oração de um fiel que vai numa
igreja alguns minutos, algumas horas, não, aquela oração de quem está
caminhando e sabe que vai caminhar o dia inteiro, e não vai ter
muita coisa para fazer além de oração, aquela oração é profundíssima, e eu
vivi isso. Também por isso.
Também um outro aspecto é uma
busca que na minha diocese estamos fazendo, de construir também um caminho de
peregrinação, porque em Frederico nós temos uma riqueza imensa que é a presença
lá dos beatos Manuel e Adílio, padre Manuel [Padre Manuel Gómez González
(1877-1924)] e o coroinha Adílio [Adílio Daronch (1908-1924)], são os beatos. O
Adílio foi o primeiro brasileiro beatificado, é o primeiro gaúcho, é o único
gaúcho até então, que é beato. O padre Manuel é espanhol, nascido na Espanha,
mas viveu muito tempo no Brasil, foram martirizados lá em Três Passos, que
pertence à Diocese de Frederico. E temos um plano lá, alguns padres da diocese
em si, de organizar também um caminho, um caminho - ainda não existe um nome
propriamente -, ainda está em sua origem, esse caminho talvez o Caminho dos
Beatos, o Caminho dos Mártires, de Três Passos até Nonoai, cerca de 200 km.
Então a experiência lá nas Missões também foi para pensar nisso, para entender
um pouco a estrutura, o processo de uma peregrinação, olhando o exemplo dos
outros que a gente aprende. Então junta tudo isso, por isso juntamente com um
colega padre, nós fizemos em dois, o padre Edejalmo Rubert - foi em tempo de
pandemia -, nós tínhamos plano de reunir mais gente, fazer um grupo, não foi
possível porque era proibido naquele momento, foi em junho do ano passado,
estava no auge da pandemia, digamos assim, então nós fizemos uma peregrinação
muito adaptada, nós não ocupamos os espaços porque estavam fechados, por
exemplo, não nos hospedamos lá no Caaró, que é um lugar muito importante,
precisamos adaptar um pouco. Como era só em dois foi possível. Mas mais do que
tudo, estar lá e viver essa experiência é incomparável. É indescritível também
- todo mundo que faz esse caminho vai dizer isso, as palavras não são
suficientes -, mas ajuda, sim, definir e propor e convidar e dizer, “quem
puder, faça esse caminho, faça esse caminho como tantos outros, sem dúvida, essas
peregrinações são incríveis.
Peregrinação em meio à pandemia
Foi um pouco adaptada, nós
fizemos em 8 dias, 7 dias na verdade, é aquele caminho de oito dias, é o
caminho menor de São Nicolau a Santo Ângelo. Em função da pandemia não
conseguimos fazer todo o caminho, aquela questão de fazer o caminho
internacional era impossível no momento e também por questão de tempo, a vida
paroquial não permitia ficar tanto tempo fora. Fizemos esse caminho, forçando
um pouquinho, o caminho de nove dias em sete, juntamos dois dias dando uma
caminhada, por isso foi esse caminho, digamos, menor, mas certamente suficiente
para experimentar e viver o que é essa proposta dessa peregrinação.
Caminhada ou peregrinação
Sim, em primeiro lugar é isso,
é o que a pessoa quer fazer. Bem, eu vejo, conversando, lendo, muitas pessoas
que fazem como um bom exercício físico, legal também, vai lá, queima caloria,
cuida da saúde, está bom também, vale, mas a opção de viver aquele momento com
profundidade é o que faz toda a diferença. Claro, que isso é uma vivência de
fé. Porque a gente pode começar lá em São Nicolau e ver aquelas ruínas, que não
estão tão preservadas quanto em São Miguel, mas já começa em São Nicolau, onde
eu comecei, a gente pode encostar naquelas pedras e pensar: “Ah, que história
bonita”, ou pode encostar naquela pedra e pensar: “Como Deus age na nossa vida.
Como Deus agiu aqui nessa região, com essa realidade de vida tão importante,
tão bonita que é, ainda é, sim, dos povos indígenas, tão sofridos, injustiçados
muitas vezes, como era bonita essa vida e como a presença do Evangelho não fez
dessa vida, menor ou desigual, fez da vivência, da experiência aqui, a ação de
Deus. Esse é o diferencial. Posso tirar uma foto das ruínas de São Miguel e
dizer “Que lindo!”, ou posso estar lá e dizer: “Que história de fé foi vivida
aqui”. É claro que tudo isso exige conhecimento histórico, talvez muitas
pessoas fazem peregrinações, ou fazem mesmo turismo, olhando as aparências, mas
é muito mais do que isso, né? A gente pode vir aqui, inclusive, pode vir aqui
em Roma olhar o Coliseu, tirar uma foto do Coliseu, dizer “Que lindo!”. E vai
pensar bem: “mas é lindo o que, um monte de pedra aí”, mas a história, a
vivência disso, faz ser lindo. E ir lá na nossa região das Missões, principalmente.
Então é uma experiência pessoal sim, mas que não se desliga da experiência
histórica da experiência de fé que foi vivida. E isso para mim, já dando um
passo além, estamos deixando a desejar muito também como meios de comunicação,
como Igreja, principalmente eu aqui bato no peito como Igreja dizendo: nós
desleixamos muito com o valor daquela região, daquela história, tudo isso
precisa ser feito mais.
Como Igreja valorizar mais essa experiência histórica
Como sacerdote, qual a
percepção da peregrinação, o que poderia ser acrescentado, até para incentivar
ainda mais a espiritualidade do caminho...
Um aspecto que sempre vai
pesar aqui - e deve-se levar em conta o momento que eu fiz o caminho, a
pandemia, estava difícil - mas, apesar disso, um dos aspectos que eu senti
falta – claro, nós estamos dois padres, mas pensando no povo em geral que faz o
caminho - nós não conversamos com nenhum padre nesse período dessa
caminhada. Todas as paróquias que nós passamos – claro, era pandemia, e
acredito que em outro momento é um pouco melhor nesse sentido -, mas como um
acompanhamento religioso, isso me parece que falta. Por que que eu falo isso?
Porque a grande experiência, o que me tocou mais profundamente, que tu
pergunta, é a experiência religiosa. E a experiência religiosa aqui ela vai
além da experiência espiritual, porque tem muita gente, talvez, que não é nem
cristão, que vai lá e faz aquele caminho, e que bom que façam, com todo o
respeito por quem o faz, nesse sentido, nessa compreensão de energia, vai lá
encosta na pedra, sente uma energia, é uma compreensão espiritual também. Mas a
história que aconteceu lá, ela pesa, não é só uma experiência espiritual, é uma
experiência religiosa que foi vivida de uma Igreja. E volto a dizer isso aqui,
com todo respeito a todas as religiões - nós não estamos dizendo que então só
quem é católico que faz uma referência boa de fé lá nas Missões, é óbvio que
não -, mas a história não pode ser ... Então como igreja falta isso.
A minha experiência mais
marcante foi essa, foi de pensar lá numa grande pedra que era o altar lá em São
Miguel, por exemplo, nas ruínas de São Miguel, e dizer: “Aqui vieram alguns
jesuítas em alguns momentos, quase sempre dois jesuítas, dois padres apenas,
europeus que estavam aqui em meio a cinco mil indígenas - que normalmente
eram cinco mil cada Redução - e aqui eles celebravam a Missa, do mesmo jeito
que eu estou celebrando agora, que estávamos lá dois padres celebrando a Missa,
faltavam os cinco mil indígenas, mais ou menos como os jesuítas. A mesma Missa,
não era uma outra Missa, porque com o tempo esquecemos tudo o que os jesuítas
rezavam, agora se reza diferente, não, é a mesma Missa, a Missa de Jesus. Isso
foi mais marcante para mim, foi pensar que essa história vivida lá em 1600,
essa história ela tá acontecendo agora, de modo diferente, sim, claro, momentos
históricos, e nesse sentido então que eu me cobro: falta-nos como Igreja
valorizar essa história, juntar um pouco esse momento vivido, e eu entendo que
são dificuldades da nossa região lá, nesse caso Diocese de Santo Ângelo –
Diocese de Frederico Westphalen é muito próxima, muito vizinha – falta-nos
material humano, falta-nos muitas vezes também conhecimento, falta-nos como
Igreja valorizar mais essa experiência histórica, é minha opinião, e eu preciso
deixar isso bem claro, que não estou dizendo aqui, que precisamos mudar nosso
modo de atuar na Igreja. É óbvio que não. Eu tô dizendo uma opinião pessoal,
muito pessoal, por essa experiência de ter feito essa caminhada, essa
peregrinação, senti um pouco da falta da Igreja nessa peregrinação. E daí aqui
vai um louvor ao processo de organização turística - com quem eu conversei
bastante foi a Marta, foi o Zé Roberto -, parabéns, muitos parabéns a eles por
todo esse trabalho, uma organização muito bem feita. E, eu vejo que poderia, e
talvez eu possa fazer isso no futuro, ir lá e dizer: “Bom, permita que a Igreja
participe dessa organização um pouco mais, é claro que eles querem isso.
Podemos fazer isso, é um outro desafio, cheio de desafios aqui hoje, mas é um
outro desafio, não sei como fazer isso, talvez alguém vai dizer: “Ah, tá fácil
falar de longe, né!” É um desafio, precisamos pensar nisso.
Vista panorâmia do sítio arqueológico de São Miguel das Missões (Foto: Bruno Ceretta) |
Construir o Caminho dos Beatos Mártires da Diocese de Frederico Westphalen
Como é a devoção aos Beatos
padre Manuel e ao Adílio e que legado deixam..
Esse é um processo que ainda
está iniciando. Há pouco tempo que se pode falar assim publicamente, porque a
beatificação, faz muito tempo que aconteceu – 2007 foi a beatificação - ainda
precisa amadurecer muito, mas a experiência de fé do nosso povo, ela é
marcante. Nós temos a Romaria, que acontece em Nonoai, sempre no terceiro fim
de semana de maio, que é próximo quando foram martirizados, 21 de maio, essa
Romaria mostra o quanto o povo tem devoção. Também em Três Passos acontece a
Romaria, que é o lugar do martírio, onde eles foram martirizados - para
entender um pouquinho desse contexto, quem não sabe dessa história, que não é
muito conhecida - o padre Manuel é um espanhol que viveu em Nonoai. Nonoai é
uma cidade antiga na Região Norte do Rio Grande do Sul. Lá o padre Manuel e o
coroinha Adílio - principalmente o padre Manuel nesse sentido, porque era o
padre -, ele tinha uma vivência de luta, de luta pela evangelização, mas que
envolvia também um pouco de uma luta social, política, naquele momento difícil,
1920, em torno disso. Dia 21 de maio de 1924 eles foram martirizados.
Revoluções, chimangos e maragatos, a história do Rio Grande é longa e não
poderemos contá-la aqui. Mas o padre Manuel ele se posicionou sempre contra a
guerra, contra a morte, contra aquilo que não é vontade de Deus. E por causa
disso foi perseguido, por causa disso não era bem visto pelos poderes políticos
que estavam em guerra. Era assim, né? Tem que ter um pouco de cuidado de usar
os termos certos, mas de fato era isso. Eram as revoluções que aconteceram no
Rio Grande. O padre Manuel sempre defendendo a paz, foi perseguido por quem
fazia a guerra. Em função disso foram martirizados. Numa ocasião, padre Manuel,
com o coroinha Adílio – o coroinha Adílio era um jovem 14-15 anos, ele já
estava ajudando, a gente diz coroinha hoje, ele ajudava lá como sacristão,
ajudava nas Missas, enfim, e acompanhava o padre nas suas peregrinações. Era
uma região grande, tudo o que é a Diocese de Frederico Westphalen era o padre
Manuel que atendia religiosamente. Então ele estava numa dessas viagens a
cavalo, muito tempo que ele passava, um mês dois meses andando para celebrar
Missas nos diversos lugares. Numa dessas viagens, então foi organizado lá pelos
poderes - não podemos dizer exatamente quem, porque não se sabe exatamente quem
-, mandou – mas sim os nomes de quais foram os assassinos do padre e do
coroinha, sim esses fazem parte da história - numa emboscada foram martirizados
lá em Três Passos, o padre Manuel e o coroinha Adílio. Logo depois disso, o
povo de Três Passos, o povo de Nonoai, quando conseguiu entender o que estava
acontecendo, logo viu os sinais que aquilo era um sinal de santidade. Porque o
padre e o coroinha já viviam a santidade, não é que foi assim “Ah, então porque
eles morreram daquele jeito eles são Santos”, não, eles viviam a santidade. O
padre Manuel dedicou a vida dele para cuidar dos mais carentes, para cuidar dos
que mais sofriam, ele trabalhava construindo casas para os que não tinham,
cuidando das adolescentes que eram abandonadas - consequência de guerra -, o
padre Manuel e o coroinha Adílio de fato viveram a santidade e morreram em
santidade, mártires. Depois de um tempo, com toda dificuldade histórica daquela
região naquele momento, foram levados os corpos do padre e do coroinha, 40 anos
depois do martírio, de volta para Nonoai, então começou a se organizar essa
devoção, que o povo sempre teve, mas era uma devoção muito pessoal. Algumas
pessoas viviam essa devoção, viam a santidade, mas não se falava muito dela.
Então, começou-se um processo de divulgação, processo de trabalhar essa
experiência de devoção, para que ela fosse conhecida. E estamos nesse processo.
Depois de muito tempo, então,
foi reconhecido, como foram reconhecidos como Servos de Deus, foram
beatificados, um momento muito lindo, muito importante para nossa diocese. E
agora estamos no caminho de canonização. Para isso precisa muita coisa, claro,
precisa de divulgação, precisa de que a Igreja perceba a importância do padre e
do coroinha para o nosso povo, para a vivência da fé, e estamos nesse caminho.
E nesse contexto, então - essa história que é muito longa, não posso cantá-la
toda né?, eu tentei resumir aqui -, nesse contexto um dos modos de fazer com
que essa devoção seja vivida - mais do que conhecida, vivida, porque uma peregrinação
não é propaganda, uma peregrinação é uma experiência de fé - a proposta que a
gente vá construindo um caminho de peregrinação. Já fizemos algumas
experiências, tem muita gente que faz a peregrinação no período da Romaria,
inclusive indo de Chapecó. Chapecó é uma cidade um pouco maior que já é Santa
Catarina, é outro Estado. Então tem muita gente que vai de Chapecó a Nonoai
caminhando no período da Romaria, em maio, e de outros tantos lugares, mas nós
queremos organizar isso como o Caminho das Missões, por exemplo, Três
Passos-Nonoai, juntar esse caminho. Fizemos esse ano - padre Dejalmo, com quem
fiz o Caminho das Missões -, junto com padre Marco Antônio Jardinello, nós
fizemos esse caminho, uma primeira experiência, Três Passos-Nonoai, ainda se hospedando
nas paróquias, não havia uma organização turística, somente a religiosa, mas já
foi possível perceber como esse caminho é rico. Rico de natureza, porque
costeando o Rio Uruguai - como a gente costuma dizer por lá - é um caminho
muito lindo, um caminho belíssimo, com uma natureza impressionante, como é nas
Missões, também ali, e de uma riqueza de fé que passa por muitas comunidades,
muitas igrejas, aquela nossa região é muito rica religiosamente, porque a cada
pouco é uma comunidade religiosa, uma comunidade católica, uma igreja - não é
como Roma, a cada esquina -, mas assim a gente vai caminhando e vai sempre
encontrando as comunidades, pequenas comunidades muito lindas.
Estamos nesse processo então de construir esse caminho.
Muitas pessoas lá daquela região já disseram – com quem a gente ia conversando
– “nós queremos fazer esse caminho, nós queremos fazer”. Eu acredito que logo
esse caminho vai acontecer. Atrasa um pouco a pandemia, como tudo está
acontecendo, mas esse caminho tá bem próximo, com um projeto diocesano, que
esperamos que possa ser realizado, uma grande força que o Santuário lá em
Nonoai tem feito, o padre Tiago que está lá como reitor do Santuário tem essa
proposta, esse projeto de fazer isso acontecer. Então é um projeto que eu acredito
que em breve poderemos lançar. Por enquanto é só uma experiência bem pessoal,
de algumas pessoas, mas em breve eu acredito que vamos lançar um grande projeto
com uma organização estrutural, que nos falta, mas a essência já tem. Onde o
padre Manuel e o coroinha Adílio passaram, em sua última viagem, agora somos
convidados a passar, vivendo a experiência de fé que eles viveram. Não
precisamos morrer, como eles morreram, mas precisamos sim doar nossa vida para
Deus e para ajudar quem precisa. É nesse sentido, essa é a essência desse
caminho.
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