Foto: NASA/ Unplash |
Redação (16/07/2022 11:16, Gaudium Press) “Os cientistas parecem ter descoberto o lugar do inferno, o planeta 55 Cancri, porque está tão perto de sua estrela que é como lava derretida. Todos os materiais são líquidos devido à altíssima temperatura que experimentam”: essas palavras são de Pe. Mario Arroyo, doutor em filosofia e professor da Universidade Pan-Americana, relatadas no final de maio pela Aciprensa.
O sacerdote está se referindo ao planeta 55 Cancri, um exoplaneta a mais de 40 anos-luz da Terra, do tipo “super Terra”, que será explorado pelo telescópio espacial James Webb, atualmente muito divulgado.
A visão desse planeta é realmente impressionante: sua proximidade com sua estrela significa que, segundo a NASA, ele atinge “temperaturas superficiais bem acima do ponto de fusão dos típicos minerais formadores de rochas”. Ou seja, suas próprias rochas se fundem, não suportam o calor que vem de seu sol. Por esse motivo, acredita-se que o lado diurno do planeta sejam oceanos de lava, isto é, a superfície não apenas aquece, mas também derrete, e pelo menos parte dela se transforma em vapor.
“À noite, o vapor esfriaria e condensaria para formar gotas de lava que choveriam de volta à superfície, voltando a se solidificar ao anoitecer”, diz a NASA.
Quando Pe. Arroyo fala do inferno, “obviamente é uma metáfora, porque o inferno não é um lugar, mas um estado, o estado de privação eterna e definitiva de Deus”, explica ele.
Não tão rápido
Mas, não tão rápido Padre…
O presbítero se refere à pena de dano, que é a privação de Deus, a mais terrível, mas não a única. Existe também a dor do sentido, que na expressão de Lucrécia Rego de Planas é “o sofrimento do corpo”, uma “dor intensa no corpo”, que para explicar, várias vezes Cristo a expressou como causada por um “fogo”, que não é necessariamente nosso fogo material, mas pode ser, e que em todo caso parece ser um princípio da ordem material, pois tem como fim um efeito na ordem material.
Um lugar chamado inferno não existe necessariamente, mas pode existir, assim como existe um céu empíreo, um céu material.
Além disso, alguns teólogos defendem que o princípio da ordem material que pune os corpos dos condenados pode ser muito mais eficaz em sua ação punitiva do que o nosso ‘simpático’ fogo terrestre. De fato, além da tradição da Igreja, há algumas revelações particulares que apoiam a ideia do inferno como lugar e como fogo, a começar pelas aparições de Fátima.
Pe. Arroyo ressalta também que “este planeta 55 Cancri, embora esteja em situações tão extremas de calor e temperatura, não está privado da presença de Deus, Deus também está presente”. Não há nada no universo que esteja privado da ação da presença do Criador, nem mesmo o inferno, pois Deus sustenta a existência de todo ser, e no momento em que essa sustentação falhasse, os seres voltaria ao nada, inclusive os demônios e os condenados.
É claro que a presença de Deus no céu é diferente da do inferno, porque ali Ele está em uma união gloriosa com a criatura racional, sendo sua recompensa “demasiadamente grande”, enquanto no inferno tudo fala da rejeição que voluntariamente e definitivamente o condenado tem Deus e da legítima rejeição que Deus tem para com aqueles que não quiseram aceitar as mil bondades de seu amor.
Com efeito, “Nele vivemos, nos movemos e existimos”. Não podemos escapar de seus olhos perscrutadores. Pensar nisso sempre faz bem.
De qualquer forma, o melhor é olhar para o céu…
Fonte: https://gaudiumpress.org/
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