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Bartolomeu de Las Casas
Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474. Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em direito. Foi para a América como conselheiro legal do governador, chegando, em 15 de abril de 1502, na ilha Espanhola.
Como a maioria, Bartolomeu estava motivado pelo espírito aventureiro e explorador de riquezas, logo se adaptando ao estilo de vida influente dos colonizadores. No início, aceitou o ponto de vista convencional quanto à exploração da população indígena. Ele também participou dos ataques contra as tribos, e os escravizava em suas plantações.
Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e ordenou-se sacerdote em 1507. A rainha Isabel, chamada "a católica", da Espanha, considerava a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os primeiros a fixarem-se na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado aos índios pelos colonizadores.
Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que o quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e da dignidade. Lutou, também, para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mais próxima do Evangelho.
A prioridade, para Bartolomeu, era a evangelização. Com tal propósito, viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru, Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado bispo aos setenta anos de idade, em 1544. Mas ficou apenas três anos em Chiapas, sempre perseguido pelos espanhóis.
Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha, continuando lá a defesa dos índios, quando corrigiu e publicou seus escritos, todos se contrapondo à política colonial. Porém suas idéias foram contestadas na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas e proibidas para leitura.
Morreu aos noventa e dois anos de idade no Convento Dominicano de Atocha, no dia 17 de julho de 1566, em Madri, Espanha. Muito querido do povo mexicano, seu nome, hoje, é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da história do cristianismo.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br
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