Jesus ensina os discípulos a orar (Lc 11, 1-13) | Vatican News |
Padre Cesar Augusto. SJ -
Vatican News
A leitura do Gênesis falando
da intercessão que Abraão faz a Deus pelos seus conterrâneos, serve para nós
como incentivo para uma oração bem feita.
Abraão dialoga com Deus,
suplica, apresenta suas razões, escuta, volta a falar, enfim são dois amigos conversando
através de um diálogo espontâneo e sincero.
No Evangelho, os discípulos
pedem a Jesus que os ensine a rezar. Jesus começa dizendo que quando quiserem
rezar, deverão se dirigir a Deus chamando-O de Pai, pois Ele é o nosso querido
Pai. Jesus dá um passo gigantesco em relação a Abraão. Se esse já demonstrava
confiança e intimidade, Jesus recomenda o posicionamento de filho que conversa
com o Pai querido.
Simultaneamente, demonstramos
que de fato somos seus filhos quando pedimos que o seu Reino, ou seja, os seus
planos, seus projetos, também sejam nossos, sejam realizados. Estamos, somos
comprometidos com a realização da nova sociedade.
Ao mesmo tempo nos ensina que
somos irmãos, por isso o pedido do pão para cada dia, feito também na primeira
pessoa do plural, no nós, significando que assumimos como nossas, as
necessidades dos demais, seja de alimento, de moradia, de saúde, de educação,
de emprego, de justiça.
Nossa filiação se torna mais
autêntica quando pedimos para que perdoe as nossas ofensas do mesmo modo que
perdoamos aos que nos ofenderam. “Filho de peixe, peixinho é”, diz um ditado!
Filho de um misericordioso, também é misericordioso! Filho de um Deus perdão,
também perdoa!
Abraão foi muito humilde em
sua oração. Jesus também nos indica a humildade quando nos orienta pedir ao Pai
que não nos deixe cair em tentação. Se Deus não nos ajudar, nada conseguiremos,
somos fracos, somos pó.
Finalmente o ensinamento de
Jesus termina com o resultado de nossa oração, com a certeza de quem pede,
recebe: quem procura, encontra; para quem bate, se abrirá. Pedi e recebereis! É
preciso confiar em Deus, reconhecê-lo como Pai e Pai querido.
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