Passar para um modelo de desenvolvimento mais integral e integrante | Vatican News |
Com o instrumento atual de adesão, a Santa Sé pretende
contribuir e dar seu apoio moral aos esforços de todos os Estados para
cooperar, de acordo com suas respectivas responsabilidades e capacidades,
comuns, mas diferenciadas, numa resposta eficaz e adequada aos desafios
colocados pelas mudanças climáticas para nossa humanidade e para nossa Casa
comum.
Vatican News
O observador permanente da
Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, dom Gabriele Giordano Caccia, depositou na
última quarta-feira (06/07), no Secretariado-Geral das Nações Unidas, o
instrumento com o qual a Santa Sé, em nome e por conta do Estado da Cidade do
Vaticano, aderiu à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas.
Com o instrumento atual de
adesão, a Santa Sé pretende contribuir e dar seu apoio moral aos esforços de
todos os Estados para cooperar, de acordo com suas respectivas
responsabilidades e capacidades, comuns, mas diferenciadas, numa resposta
eficaz e adequada aos desafios colocados pelas mudanças climáticas para nossa
humanidade e para nossa Casa comum. Esses desafios têm uma "relevância não
só ambiental, mas também ética, social, econômica e política, incidindo,
sobretudo, na vida dos mais pobres e frágeis. Dessa forma, apelam à nossa
responsabilidade de promover, com um compromisso coletivo e solidário, uma
cultura do cuidado que coloca a dignidade humana e o bem comum no centro",
informa o comunicado da Santa Sé divulgado nesta sexta-feira (08/07).
Como estamos
construindo o futuro do Planeta
Nesse contexto, a Santa Sé
lembra o convite urgente do Papa Francisco "de renovar o diálogo sobre a
forma como estamos construindo o futuro do planeta. Precisamos de um confronto
que una a todos nós, pois o desafio ambiental que estamos enfrentando, e suas raízes
humanas, nos dizem respeito e nos tocam a todos".
Ao responder à pergunta "Que tipo de mundo queremos
deixar para os que virão depois de nós, para as crianças que estão
crescendo?", a Santa Sé espera que a Convenção e o Acordo de Paris possam
contribuir para promover "uma forte convergência de todos no
comprometimento com a necessidade urgente de iniciar uma mudança de rota capaz
de passar decisivamente e com convicção da 'cultura do descarte' que prevalece
em nossa sociedade para uma 'cultura do cuidado' de nossa Casa comum e daqueles
que a habitam e habitarão nela [...]. A humanidade tem os meios para enfrentar
essa transformação que requer uma conversão verdadeira e adequada, individual,
mas também coletiva, e a vontade determinada de empreender esse caminho.
Trata-se da transição para um modelo de desenvolvimento mais integral e
integrante, baseado na solidariedade e na responsabilidade", dois valores
fundamentais que devem ser a base da implementação da Convenção e do Acordo de
Paris e que nortearão os esforços da Santa Sé nesse processo de implementação.
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