Shutterstock |
Iniciativa surgiu de uma experiência familiar; objetivo é melhorar a interação social, além estimular a memória dos portadores da doença.
Uma iniciativa de estudantes universitários do estado do Paraná está ajudando no tratamento de pessoas com Alzheimer e no convívio delas com os familiares e cuidadores. Os universitários desenvolveram jogos personalizados para estimular a memória dos portadores da doença.
A ideia surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando a estudante de medicina Karen Parente passou a conviver mais com a avó, que tem Alzheimer. A universitária, vendo a progressão da doença, pensou em desenvolver algo que facilitasse a interação com a idosa, bem como estimulasse sua memória.
Karen e outros colegas universitários, desenvolveram, então, um jogo personalizado, ou seja, um quebra-cabeças com uma foto da família. Com a ajuda dos parentes, a idosa ia montando as formas e, quando concluído, ela começava a se lembrar dos filhos. “Antes dos jogos, ela ficava muito apática, não lembrava dos nomes dos filhos, dos rostos… Depois que a gente começou com os jogos, por eles serem personalizados com fotos da família, ela passou a reconhecer melhor”, explica Karen.
Tempo de qualidade com quem tem Alzheimer
Nascia, assim, a startup “Cuca Jogos“, fundada pelos estudantes Evelize Behrens, Iagor Carvalho, Karen Parente e Pedro Murad. A iniciativa chegou, inclusive a vencer uma competição internacional de empreendedorismo na área da saúde, o Health Business Summit.
que chegou, inclusive, a vencer um campeonato internacional de empreendedorismo na área de saúde, o Health Business Summit. A pequena
A ideia da “Cuca Jogos” é proporcionar um tempo de qualidade entre o idoso portador de Alzheimer e sua família. Agindo paralelamente ao tratamento médico da doença, “os jogos personalizados também estimulam o cérebro, trabalhando memória, percepção e empatia”, afirmam os idealizadores.
“Durante nossa trajetória, validamos a ideia com médicos, neuropsicólogos e terapeutas ocupacionais, além de diversos estudos que estabelecem a estimulação cognitiva como tratamento (não farmacológico) para a doença de Alzheimer”, afirma a estudante de medicina Evelize Behrens – uma das idealizadoras da “Cuca Jogos”.
E os resultados já começam a aparecer. “Recebemos diversos feedbacks de compradores dos nossos produtos e houve um retorno muito positivo”, acrescenta a estudante.
Com base nos retornos, os estudantes já planejam aumentar o catálogo de produtos para ajudar pessoas com Alzheimer. Hoje, o produto principal é o quebra-cabeça, mas já estão em estudos outros jogos gratuitos e em diferentes formatos.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
Nenhum comentário:
Postar um comentário