Edith Stein | Vatican News |
Edith Stein, Co-padroeira da Europa. “Uma eminente filha
de Israel e filha fiel da Igreja” (S. João Paulo II).
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A Igreja celebra, neste dia 9
de agosto, a festa de Santa Teresa Benedita da Cruz, conhecida como Edith
Stein, virgem e mártir Carmelita e Padroeira da Europa. Celebra-se também os 80
anos de sua morte.
Edith nasceu em Breslávia, na
Baixa Silésia, Polônia, em 1891. Era a décima primeira filha de um casal de
judeus muito fervoroso. Destacou-se, logo, por sua inteligência brilhante e o
juvenil desapego da religião.
Foi assistente do filósofo
Husserl na Universidade de Freiburg, com quem aprofundou o tema da empatia e da
fenomenologia. Mas, mediante a leitura dos Exercícios de Santo Inácio de Loyola
e a vida de Santa Teresa de Ávila contribuíram para suscitar sua conversão ao
cristianismo.
Segunda Guerra
Mundial
Durante a I Guerra Mundial, ao
chegar ao ápice de um longo percurso interior, Edith Stein interrompeu seus
estudos de Filosofia para prestar socorro aos soldados, como enfermeira da Cruz
Vermelha, e se dedicar à promoção humana, social e religiosa das mulheres, e à
vida contemplativa.
Através de seus conhecimentos,
estudos e aprofundamento dos textos de Santo Tomás de Aquino e de Santo
Agostinho, Edith conseguiu encontrar a Verdade de Cristo. Por isso, recebeu o
Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade de seus pais, sem jamais renegar
às suas raízes judaicas.
Durante os anos das
perseguições, tornou-se professora e Irmã Carmelita, em Colônia, Alemanha, em
1934, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz. Assim, abraçou o sofrimento
do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo.
Devido às violências da
"Noite dos Cristais", foi transferida para a Holanda, país neutro,
onde, no Carmelo de Echt, colocou por escrito seu desejo de se oferecer em
"sacrifício de expiação pela verdadeira paz e a derrota do reino do Anticristo".
Edith é presa
Dois anos após a invasão
nazista na Holanda, em 1940, foi presa, junto com outros 244 judeus católicos,
como ato de represália contra os Bispos holandeses, que se opuseram
publicamente às perseguições. Foi levada para o Campo de Extermínio de Auschwitz,
na Polônia, onde transmitiu a mensagem evangélica aos presos, dedicando-se,
sobretudo, à assistência das crianças encarceradas, que, depois, as acompanhou,
com compaixão, até ao patíbulo.
Sua irmã Rosa, que também
havia se convertido ao catolicismo, estava presa com ela em Auschwitz. No
momento extremo do seu martírio, disse: "Venha, vamos pelo bem do nosso
povo". Com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz, única
esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau,
no tórrido mês de agosto de 1942.
Em 1998, ao presidir o rito de sua Canonização, São João
Paulo II a definiu: "Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja.
Proclamar Santa Edith Stein co-padroeira da Europa significa cravar no horizonte
do Velho Continente um estandarte de respeito, tolerância, aceitação".
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