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A celebração do aniversário de casamento é um excelente terreno para o crescimento e a compreensão profunda da vida conjugal.
A questão da celebração do aniversário de casamento é um excelente terreno para o crescimento e a compreensão profunda do mistério do matrimônio.
No livro de Levítico (25, 10), há uma passagem que evoca o aniversário de casamento. Sugeriram-me que eu lesse no mesmo dia em que se comemorava o 50.º aniversário de um casal cujo marido traiu e abandonou a mulher durante muitos anos… Ele voltou para a mulher, que o acolheu novamente! E aqui está o que eu li neste texto da Bíblia:
“Santificareis o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras e para a sua família.”
Apesar de este texto se referir ao quinquagésimo aniversário de casamento, na minha opinião ele se aplica igualmente a qualquer aniversário, especialmente aos aniversários de casamento. Porque não devemos nos esquecer: a imagem que Deus mais usa na Bíblia para falar de sua aliança com o homem é justamente o casamento.
Deus renova esta santa aliança com os homens muitas vezes. Não apenas quando o homem merece, mas cada vez que não consegue mais ser fiel a esta aliança com Ele. Que lindo convite Deus nos dá desta forma!
O mesmo vale para o casamento. Que melhor momento para renovar a promessa de casamento do que apenas quando as coisas não estão indo muito bem? Não porque o outro merece, mas porque nós dois precisamos. E sobretudo porque o “terceiro da aliança”, o próprio Deus, quer aproveitar este momento para renovar plenamente o seu grande “SIM” a nós dois. Para os casais que enfrentam dificuldades, nada impede que renovem o seu “sim” com alegria, uma vez por ano, no dia do aniversário de casamento.
Há uma segunda intuição neste texto, que se aplica idealmente a um aniversário de casamento: ”Proclamar a liberdade para todos os habitantes…”. Transposto para a realidade do casamento. Isso também faz do dia do aniversário de casamento um dia de perdão. Para o casal, seria a oportunidade de virar a página, onde cada um pede e dá o perdão sincero e total. Por que não associá-lo a uma confissão sacramental?
É precioso renovar esta escolha de três, cinco, quinze ou quarenta anos atrás: nós dois e os filhos que Deus nos confiou. Vale lembrar que meu clã não é meu trabalho ou meus amigos, minha casa de campo ou meu local de férias. É ainda menos meu laptop ou meus sonhos e minhas próprias ideias. Aproveitemos também o aniversário de casamento para voltar a esta grande decisão tão corajosa de dizer “sim” por toda a vida ao cônjuge, na presença de Deus.
Para ser um pouco mais criativo e também muito prático, também podemos comemorar essa data todos os meses. Se o aniversário de casamento é, digamos, 14 de setembro, por que não dizer que em 14 de outubro o marido preparará uma pequena surpresa para a esposa? No dia 14 de novembro, é ela quem fará a comemoração. Em 14 de dezembro, ele novamente. E por aí vai… Não conheço ninguém que não goste de pequenas surpresas. Portanto, é um bom hábito para aderir. Conheço casais que o praticam, e são casais que brilham. Outros me disseram que com alguma regularidade, várias vezes por ano, eles simplesmente renovam sua promessa de casamento:
“Querida, diante de Deus, novamente eu te recebo e me entrego a ti. Renovo-te a promessa de permanecer fiel a ti, na alegria e nas provações, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida”.
Essa renovação é algo muito importante. Depois de três, cinco, quinze ou quarenta anos, eu não sou mais a mesma pessoa – nem o outro. É um bom hábito renovar conscientemente o meu “sim” para a pessoa à minha frente. E é muito bom lembrar que você não está sozinho nessa aventura, pois Deus também está envolvido neste relacionamento. Neste contexto, não esqueçamos também que o ato conjugal é, sem dúvida, a forma mais bela, talvez até a mais completa, de renovar o “sim” perante Deus e perante o cônjuge.
No plano de Deus, a união carnal no casal é o que melhor corresponde às palavras da promessa matrimonial. Vamos reconhecer que às vezes, infelizmente, a mente não está no modo “promessa de casamento”. Mas gostaria de dizer que quando o corpo, o espírito e a alma conseguem estar em harmonia em si mesmos, quando a pessoa inteira quer ser um dom para o outro, então cada palavra, cada olhar, cada ato de ternura criarão uma comunhão entre vocês, e ninguém poderá romper.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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