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PRESIDENTE DA CNBB ABENÇOA PRESÉPIO FEITO DURANTE A
PANDEMIA POR UMA ARTESÃ E SEU PAI EM HOMENAGEM AOS IDOSOS
No último domingo, 4 de dezembro, o arcebispo de Belo Horizonte e
presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor
Oliveira de Azevedo, abençoou o presépio da Catedral Cristo Rei.
“Abençoar esse Presépio é reafirmar uma tradição antiga da nossa Igreja,
inspirada em São Francisco de Assis, para nos lembrar que caminhamos em um
mundo em meio a muitas lutas, mas não estamos sozinhos. Portanto, o Presépio em
cada igreja, em cada casa e nas ruas é exatamente a lembrança que só existe um
único Senhor e Salvador, Cristo Jesus”, sublinhou dom Walmor.
O Presépio da Catedral Cristo Rei foi apresentado pela primeira vez aos
fiéis e peregrinos e está aberto à visitação. As cenas que retratam o
nascimento de Jesus, foram criadas em um momento muito especial, de união e
fraternidade.
Feito por filha e pai
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Segundo a artista plástica Sônia Toledo, 72 anos, e seu pai, o médico
Jair Ferreira Toledo, de 103 anos, criadores da obra, o presépio faz uma homenagem
aos idosos. Moldado no barro, as figuras humanas e os animais foram feitos
durante a pandemia da Covid-19, um trabalho dedicado que durou oito
meses. O médico Jair Ferreira Toledo, aos 103, disse ter descoberto uma
nova vocação ao criar o presépio.
Enquanto Sônia moldava as figuras humanas, expressando gestos e emoções,
com capricho e ternura seu Jair Toledo foi responsável por moldar os animais.
Ele deu vida aos bichinhos, representando-os em sua rotina com impressionante
riqueza de detalhes.
Filha e pai trabalharam lado a lado, pacientemente, construindo cada
integrante da cena. Jair Toledo moldou dezenas de animais. Sônia, além das
figuras humanas, pintou a tela de fundo, com a estrela de Belém. Eles contaram
com ajudantes e agora o presépio, pronto, aguarda a chegada do seu personagem
mais importante: o Menino Jesus.
O médico e artesão, Jair Toledo não está mais entre nós, foi chamado
pelo Pai, aos 104 anos, em janeiro deste ano e deixou esta linda memória. Ao
finalizar o presépio, o artista Jair Toledo observou com simplicidade,
sabedoria e gratidão: “O criador foi muito gentil comigo, me permitiu chegar a
esta idade trabalhando em algo tão prazeroso. Até os 86 anos eu ainda atuava
como médico, fui obstetra e clínico, mas não fiz medicina para ganhar dinheiro,
fiz para aliviar a vida do meu semelhante.”
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Com informações e foto:
Assessoria de Comunicação da
arquidiocese de Belo Horizonte (MG)
Fonte: https://www.cnbb.org.br/
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