Antonietta Meo | 30Giorni |
As cartinhas de “Nennolina”
Era uma menina de Roma que morreu em 1937 com seis anos de idade de um tumor. Poderá se tornar a santa mais jovem, não mártir, na história da Igreja. Eis a história da sua vida.
de Stefania Falasca
“Existirão santos
entre as crianças!” exclamou S. Pio X quando abriu a eles os tabernáculos
eucarísticos, antecipando a idade para receber o sacramento da comunhão. Mas
talvez não imaginava que isso aconteceria tão cedo. “Caro Jesus eucaristia,
estou muito, mas muito contente por teres vindo ao meu coração. Nunca vás mais
embora do meu coração, fica sempre, sempre comigo. Jesus, eu te amo tanto, eu
quero me abandonar nos teus braços, faze de mim o que quiseres. [...] Ó Jesus
amoroso, dá-me almas, muitas almas!”. Quem escreve é uma criança. Uma criança
de apenas seis anos. A grafia e os erros são os de quem aprendeu há pouco pegar
o lápis na mão. Chama-se Antonietta Meo e para os familiares: Nennolina. Quando
escreveu esta cartinha endereçada ao seu “caro Jesus”, já tinha recebido há
pouco tempo a sua primeira comunhão e a doença que há muito tempo a martirizava
já lhe custara a amputação de uma perna. Morreu em Roma três meses depois de câncer
nos ossos. Era o dia 3 de julho de 1937. Nennolina tinha apenas seis anos e
meio. Mesmo assim conversões e graças acompanharão a sua morte. Bilhetinhos de
orações e de agradecimentos cobrirão o seu túmulo no cemitério de Verano em
Roma. Depois de apenas um ano da sua morte foram publicadas duas biografias. A
fama de santidade de Nennolina difundiu-se tão espontânea e imediatamente que
ultrapassou não apenas as fronteiras da sua paróquia, Santa Cruz de Jerusalém,
como também as fronteiras de Roma e da Itália. Já em 1940, sua biografia foi
publicada em línguas estrangeiras, até em armênio. O processo de beatificação
foi aberto em 1942 e a fase diocesana foi concluída em 1972. Mas exatamente
pelo motivo da idade, encontrando-se no limite da idade considerada a da razão,
criou perplexidades aos que examinaram o seu caso e houve não poucas
dificuldades no desenvolvimento do processo. Mesmo se nenhuma lei canônica
determina, com efeito, os limites de idade para instituir o processo de
beatificação, apenas em 1981, através da Declaração da Sagrada Congregação
pelas Causas dos Santos, a Igreja reconheceu plenamente que também as crianças
podem cumprir atos heróicos de fé, esperança e caridade, e portanto podem ser
elevadas às honras dos altares.
Está para ser aberta uma fundação chamada Antonietta Meo na paróquia de Santa
Cruz de Jerusalém. E, exatamente daqui, na Basílica que conserva as relíquias
da Paixão de Cristo, brevemente serão transladados os seus restos mortais. Se o
processo se desenvolver sem empecilhos, esta menina romana logo será a santa
mais jovem, não mártir, elevada às honras dos altares, a mais jovem na história
da cristandade.
As cartinhas ao “caro Jesus”
Antonietta nasceu dia 15 de dezembro de 1930 numa família de classe média de
Roma. A casa da família Meo está a poucos passos de Santa Cruz de Jerusalém.
Margherita, sua irmã mais velha, nos mostra as fotografias de Nennolina:
cabelos cortados à pajem e dois risonhos olhos negros, com um baldinho e pá, na
praia, brincando com outras crianças... Numa outra fotografia está num
barquinho do lago da Villa Borghese, parque de Roma, numa outra sorri
fantasiada no carnaval... “Minha irmã”, lembra, “era uma menina alegre, vivaz e
travessa, como são as crianças naquela idade”. Aos três anos, em outubro de
1933, foi matriculada no Colégio das irmãs ao lado da sua casa. “Frequentava
com prazer”, conta a irmã, “e muitas vezes quando brincávamos juntas me dizia:
‘Eu me divirto muito no Colégio... iria até à noite!’. Logo afeiçoou-se à
professora e as irmãs diziam à minha mãe: ‘É um movimento perpétuo! Mas é muito
esperta e aprende logo. É uma menina madura para a sua idade’”. Ainda não tinha
feito cinco anos quando seus pais notaram que o seu joelho esquerdo estava
muito inchado e pensaram que fosse uma das suas costumeiras quedas. Depois de
alguns diagnósticos e tratamentos errados, chegou a sentença: osteossarcoma. No
dia 25 de abril de 1936, foi-lhe amputada a perna. O choque foi grande. Porém,
mais para os pais do que para Antonietta, que, depois do primeiro período,
apesar da operação e das dificuldades provocadas pelo aparelho ortopédico,
continuou a sua vida de sempre: as brincadeiras, a escola. Os seus pais, com a
grande satisfação da menina, decidiram antecipar a data da sua primeira
comunhão e assim, todas as noites, sua mãe começou a ensinar-lhe um pouco de
catecismo. E a partir deste momento Antonietta começou inicialmente a ditar
para sua mãe e depois a escrever as suas cartinhas que todas as noites colocava
sob a estatueta do Menino Jesus, aos pés da sua cama, “para que ele durante a
noite viesse ler”. “Começou por brincadeira”, assim testemunhou sua mãe durante
o processo, “quando sugeri a Antonietta que escrevesse uma cartinha à madre
superiora das irmãs do seu colégio solicitando a permissão para fazer a
primeira comunhão na capela do Colégio na noite de Natal. Depois disso, muitas
vezes à noite, depois de ter rezado a oração ao anjo da guarda, Antonietta se
acostumou a ditar suas “poesias” (assim ela as chamava). As primeiras eram para
mim, depois para seu papai e Margherita, e enfim para Jesus e Nossa Senhora. Eu
pegava a primeira folha que encontrava e ficava escrevendo tudo o que ela
ditava, sorrindo, indulgente ao que me ditava com tanta simplicidade e
segurança”.
A sua primeira cartinha é do dia 15 de setembro de 1936: “Caro Jesus, hoje vou
sair para passear, depois vou até a casa das irmãs do meu Colégio e direi a
elas que quero fazer a primeira comunhão no Natal. Jesus vem logo no meu
coração que eu te abraçarei com muita força e te darei um beijo. Ó Jesus, quero
que tu fiques sempre no meu coração”. E depois de alguns dias, “Caro Jesus, eu
gosto muito de ti, quero repetir que gosto muito de ti. Dou-te o meu coração.
Querida Nossa Senhora, tu és tão boa, pega o meu coração e leva-o até Jesus”.
Mas ela tinha também algo que realmente não era normal para uma menina de cinco
anos: “Meu bom Jesus, dá-me algumas almas, mas dá-me muitas, de boa vontade te
peço para que as faças tornarem-se boas e para que possam vir junto a ti no
Paraíso”. E isso Antonietta repetia muitíssimas vezes.
“Via que a menina sabia expressar-se muito mais do que esperava. Mas creio que
seja inútil dizer”, esclarece a mãe, “que na nossa casa não se dava a menor
importância a estas cartinhas que eram deixadas de lado sem cuidado e muitas
delas foram perdidas para sempre”. Este descuido da mãe é confirmado pela irmã
de Antonietta. “Minha mãe”, lembra, “era uma mulher reservada, prudente,
concreta, uma mulher com os pés na terra, não era por nada do tipo sentimental
ou crédula. Quando havia algum entusiasmo excessivo, ela logo cortava: “Olha,
eu só acredito nos santos quando são canonizados pela Igreja”. Fazia questão de
minimizar os elogios que eram feitos a Antonietta, e não gostava quando falavam
dela idealizando-a. Lembro que, logo depois da morte da minha irmã, um
sacerdote fez uma conferência na rádio sobre o sentido do sofrimento e falou
também de Antonietta. Minha mãe não gostou nem um pouco. Ao contrário, comentou
que se tratava de enganos e exageros. Disseram que Antonietta declamava o seu
amor a Jesus com amplos gestos... ‘O que é isso? Nunca!’ respondia mamãe.
Disseram que Jesus foi a primeira palavra pronunciada por Antonietta. E ela:
‘Não. Mamãe, ela disse mamãe! Como todas as crianças’”.
“Conserva-me sempre a
tua graça”
Logo que Nennolina aprendeu a escrever, frequentando o primeiro ano da escola
elementar, ela mesma quis colocar a sua assinatura: “Antonietta e Jesus”. “Meu
caro Jesus, hoje aprendi a escrever a letra ‘O’, por isso logo escreverei eu
mesma para ti”. Antonietta se dirige a Jesus e Maria com ternura confidencial.
As suas cartinhas terminam sempre com abraços, carícias, beijos dirigidos aos
seus destinatários celestes. E desta carinhosa confidência são testemunhas
também as irmãs, por terem visto várias vezes a menina antes de sair da igreja
aproximar-se do tabernáculo e exclamar: “Jesus, vem brincar comigo!”. Escreveu
isso também nas suas cartinhas desejando tê-lo sempre próximo: “Caro Jesus,
amanhã vem a escola comigo”.
Nos meses que a separam da noite de Natal, as suas cartinhas expressaram todo o
seu amor por Jesus e o seu apaixonado desejo de recebê-lo no seu coração.
Repete continuamente o mesmo pensamento, chega a contar os dias, as horas, os
minutos. A forma das cartinhas é repetitiva e os pensamentos procedem em partes,
separados, como acontece no modo das crianças se expressarem, mas sob a forma
infantil, o pensamento não é banal, jamais pueril. Às vésperas da primeira
comunhão, dita assim à sua mãe: “Caro Jesus, amanhã quando estiveres no meu
coração, faz de conta que a minha alma é uma maçã. E, como na maçã existem as
sementes, dentro da minha alma, faze que na minh’alma exista um armarinho. E,
como sob a casca preta da semente há a semente branca, faze com que dentro do
armário esteja a tua graça, que seria como a semente branca”. A estas alturas a
sua mãe a interrompe: “’Mas Antonietta, o que você está dizendo! O que
significa este dentro, que está dentro? O que quer dizer?’ Tentei em vão
dissuadi-la. Enfim Antonietta me explicou: ‘Mamãe, escuta: faz de conta que a
minha alma seja uma maçã. Dentro da maçã, há aqueles pontinhos pretos que são
as sementes. Depois, dentro da casca da semente há aquela coisa branca? Pois
bem, faz de conta que aquela seja a graça’”. “Achei”, continua a mãe, “que a
comparação, que eu não conhecia, era profunda, mas não quis me dar por vencida
e por isso insisti: ‘Mas quem disse essas coisas para você? A professora na
escola mostrou a maçã, para explicar...’. ‘Não, mamãe’, respondeu
tranqüilamente, ‘não foi a professora que disse, fui eu que pensei assim’.
Depois completou o seu pensamento: ‘Jesus, faz que esta graça fique para
sempre, para sempre comigo’”.
Naquela noite de Natal, embora o aparelho ortopédico lhe causasse muitas dores,
os que estavam presentes viram que ela no final da missa permaneceu por mais de
uma hora ajoelhada, parada, com as mãozinhas juntas.
“Sem a tua graça, nada posso fazer”
Antonietta escreveu 105 cartinhas para Jesus, outras elas endereçou a Maria, a
Deus Pai, ao Espírito Santo, uma a Santa Inês e uma a Santa Teresa do Menino
Jesus. A Jesus pediu sempre a ajuda da sua graça: “Hoje não me comportei bem,
mas tu, bom Jesus pega esta tua menina no colo...”; “mas ajuda-me, pois sem a
tua ajuda não posso fazer nada”; “ajuda-me com a tua graça, ajuda-me, pois sem
a tua graça nada posso fazer”; “peço-te, bom Jesus, conserva-me sempre a graça
da alma”. A Ele e à Sua mãe não deixará de pedir graças pelos que lhe estão
próximos, por todos os que pedem a suas orações e pelos pecadores: “Peço ajuda
para aquele homem que fez tanta maldade; peço ajuda para aquele pecador que
sabes quem é, que está tão velho e que está no Hospital São João”.
“Eis a obra admirável de Deus!”, escreve padre Pierotti comentando as
cartinhas, ele que por primeiro organizou a edição: “A graça de Deus escolhe as
almas que quer [...]. Somente assim podem ser explicadas as frases, as
brincadeiras, os comportamentos, toda a vida de Nennolina”.
“Realmente o Senhor ludit in orbe terrarum”, exclamou o futuro
Paulo VI, substituto junto à Secretaria de Estado, ao ler a biografia e as
cartas de Antonietta Meo, “e, agindo nas almas pelas vias mais misteriosas,
conceda que muitos penetrem, através da leitura da vida desta menina que não
tem nem sete anos, no mistério daquela sabedoria, que se esconde aos soberbos e
se revela aos pequenos”.
No mês de maio Antonietta recebeu a crisma. Já tinham chegado os últimos dias
da sua vida. A sua mãe conta assim: “Depois da crisma, Antonietta começou
progressivamente a piorar. A asfixia e a tosse não lhe davam trégua. Não
conseguia mais nem ficar sentada e foi obrigada a ficar de cama. Via-se que
sofria, mas a todos, até mesmo a mim, dizia sempre: ‘Estou bem!’ Algumas vezes
com dificuldade, mas quis sempre rezar as suas pequenas orações pela manhã e
pela noite. Depois pediu para que o sacerdote lhe trouxesse a comunhão todos os
dias, e as horas que seguiam a comunhão eram sempre as mais calmas [...] Quando
se sentia melhor logo queria ditar uma das suas cartinhas”. A última é do dia 2
de junho. E foi esta carta que terminou nas mãos do Papa Pio XI. Assim recorda
a sua mãe: “Sentei ao lado da sua cama e escrevi o que Antonietta com
dificuldade me ditava. ‘Caro Jesus crucificado, eu gosto muito de ti e te amo
tanto! Eu quero estar contigo no Calvário. Caro Jesus, dize ao Santo Pai que amo
muito a ele também. Caro Jesus dá-me tu a força para suportar estas dores que
te ofereço pelos pecadores’”. “Nestas alturas”, disse sua mãe, “Antonietta teve
um violento ataque de tosse e de vômito e, logo que cessou quis recomeçar
igualmente a ditar: ‘Caro Jesus, dize ao Espírito Santo que me ilumine de amor
e que me cubra com os seus sete dons. Caro Jesus, dize a Nossa Senhora que a
amo muito e quero estar próxima a ela. Caro Jesus quero repetir que te amo
muito, muito. Meu bom Jesus recomendo a ti o meu pai espiritual e dá-lhe as
graças necessárias. Caro Jesus, recomendo a ti os meus pais e Margherita. A tua
menina te manda muitos beijos...’. Improvisamente me senti dominada por uma
impetuosa rebeldia ao ver o quanto sofria e num impulso de raiva amassei aquela
folha e a joguei numa gaveta. Alguns dias depois”, conta, “o professor Milani,
médico primário pontifício, veio visitar Antonietta, chamado pelo doutor Vecchi
para uma consulta. Disse que a menina estava muito mal e que deveria ser levada
para um hospital para ser novamente operada. O professor ficou falando com a
menina e surpreendeu-se pelas dores que Antonietta suportava sem se queixar.
Meu marido falou-lhe sobre as cartinhas que escrevia. Ele pediu para ver a
última e eu não tive coragem de recusar. Peguei a cartinha de onde a tinha
jogado naquele dia e mostrei-lhe. Depois de lê-la, disse que queria falar de
Antonietta ao Santo Padre e pediu permissão para levar a carta. Respondi com
hesitação: ‘Mas... não sei... se...’. ‘Mas senhora’, disse, ‘trata-se do
Papa!’.
No dia seguinte um carro do Vaticano parou na frente da nossa casa. Um delegado
enviado especialmente pelo Santo Padre Pio XI viera trazer à menina a bênção
apostólica. Disse-nos que Sua Santidade ficara muito comovido ao ler a cartinha.
Deixou para nós um cartão do professor Milani no qual pedia a Antonietta que se
lembrasse dele diante do Senhor e para implorar a ele aqueles dons que ela
pedira para si”.
No dia 12 de junho Antonietta piorou. Respirava com dificuldade. Extraíram
líquido dos seus pulmões. No dia 23 fizeram a ressecção de três costelas com
anestesia local, devido às suas precárias condições gerais. Conta sua mãe: “Não
posso falar do sofrimento daquele pequeno corpo supliciado. Naquele dia,
contendo com força as lágrimas, disse-lhe: ‘Verás, minha menina... logo que
melhorares, iremos em férias, vamos para a praia... tu gostas tanto do mar...
poderás também tomar banho, sabes?....’. Ela olhou... e com ternura me disse:
‘Mamãe fique feliz, fique contente... Eu irei embora daqui a dez dias, menos
alguma coisa’”. A mãe não sabia que Antonietta lhe dizia exatamente o dia e a
hora em que morreria.
Nos dias que seguiram, com um força surpreendente, continuou a sorrir também
para as enfermeiras que vinham medicar-lhe as feridas, apesar da metástase já
ter invadido e devastado quase todo seu pequeno corpo, apesar da massa tumorosa
ter lhe comprimido o peito a ponto de ter provocado o deslocamento do coração.
No processo todos testemunharam perplexidade diante da sua extraordinária serenidade.
Sua mãe chegou até mesmo a duvidar de que a menina sofresse: “Fui ao médico, e
disse-lhe: ‘Doutor, eu não acredito... me diga a verdade, me diga realmente...
Antonietta sofre muito?’. ‘Mas senhora, o que quer dizer com isso! Não duvide
por nada! As dores são atrozes’. Voltei para a sua cama... não consegui
disfarçar a voz, pela primeira vez eu lhe disse: ‘Antonietta, abençoa a tua
mamãe... Antonietta, abençoa a tua mãe’. Fazendo um esforço ela marcou na minha
fronte uma cruz com a mão”.
Durante o processo seu pai assim testemunhou: “Um dia, quando piorou muito, pedi que fosse dada a extrema unção à minha menina. Perguntei a Antonietta: ‘Tu sabes o que é o óleo santo?’. ‘O sacramento que é dado aos enfermos’ respondeu. Porém, como não queria agitá-la, acrescentei: ‘Algumas vezes traz saúde ao corpo...’. Antonietta recusou-se. ‘É muito cedo’ disse, e eu não insisti. Mas quando mais tarde o sacerdote lhe disse que o óleo santo aumenta a graça, Antonietta que ouvia atentamente respondeu: ‘Sim, eu quero’. Respondeu com tranquilidade a todas as orações, rezou o ato de arrependimento, depois deu as suas mãozinhas abertas para que o sacerdote as ungisse... Beijou com carinho o crucifixo da sua primeira comunhão. Tudo se deu com simplicidade e paz”.
No dia seguinte um pequeno caixão branco foi transportando no meio de uma multidão comovida na Basílica de Santa Cruz de Jerusalém. Naquela mesma Basílica das relíquias da Paixão de Jesus, na qual, apenas seis anos antes, Nennolina fora batizada. Aquele, era o dia 28 de dezembro de 1930. O dia dos Santos Inocentes.
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