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domingo, 1 de janeiro de 2023

Divina Maternidade de Maria

Maternidade humana e divina | saosebastiaofabriciano
01 de janeiro

Maria, Mãe de Deus

Nossa Senhora, Mãe de Jesus, foi especialmente escolhida por Deus, desde a Eternidade, para tornar realidade a Encarnação de Cristo, segundo o plano de salvação da Humanidade que o Pai determinou, após o Pecado Original. Para assumir esta divina maternidade, Maria foi concebida sem pecado, pelo adiantamento dos méritos salvíficos da Paixão, Morte e Ascensão de Jesus.

Maria deveria conceber a pessoa humana do Cristo, mas ao mesmo tempo permanecer virgem, pois, como é óbvio, nenhum homem poderia, com Ela, gerar “naturalmente” Deus Encarnado: o ser humano não pode “criar” Deus, ao contrário, é criado por Ele, à Sua imagem e semelhança, e destinado a compartilhar infinitamente a vida íntima da Santíssima Trindade no Paraíso Celeste, algo que Deus não ofereceu nem aos anjos (e é exatamente por isso que a dignidade do ser humano é superior, sim, a de todas as outras criaturas). É portanto milagrosa, através da ação do Espírito Santo, a maternidade de Maria, que permaneceu sempre virgem, antes, durante e depois do parto.

Esta Sua virgindade também é necessária, na ordem da Graça, para que a Mãe de Jesus conservasse a pureza plena, igual à de Deus, de corpo e de alma (embora, na ordem natural, o sexo, no âmbito do legítimo matrimônio natural e católico, não seja, de forma alguma, um “erro” ou “pecado”, ao contrário!, a união entre homem e mulher, como explica São Paulo, é um grande e sublime mistério, comparável à plena união de Cristo à Sua Igreja – cf. Ef 5,32).

São Lucas, no início do seu Evangelho, relata a Anunciação feita à Maria, isto é, a aparição do arcanjo São Gabriel a Ela, fazendo-Lhe a proposta de ser Mãe do Senhor. Este aspecto é fundamental: Deus não forçou Maria, mas ofereceu-Lhe participar do Seu plano por meio da maternidade divina. E Ela, livremente, disse o Seu sim: “Fiat”, faça-se, “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em Mim segundo a Sua palavra” (Lc 1,38).

Neste instante, Maria concebeu Jesus no Seu ventre, tornando-Se deste modo o primeiro sacrário da História. (Todos os batizados, comungando em estado de graça, também somos igualmente sacrários vivos do Senhor… porém Nossa Senhora jamais deixou de tê-Lo na sua alma e corpo, enquanto nós, pelo pecado, muitas vezes perdemos a graça deste estado de união plena com Deus, ao qual devemos voltar pela Confissão).

Jesus veio a nós por Maria, e desta maneira Deus pôde realizar a obra da nossa salvação. Também por Ela, como afirma a Igreja, devemos ir a Cristo; como explica São Luís Maria Grignon de Montfot (“Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria”, livro obrigatório para quem quer de fato conhecer e crescer na Fé católica), é só por Ela, e com toda a lógica, que podemos chegar a Deus, uma vez que Ela é o caminho escolhido para intermediar a materialização entre Deus e o Homem. A devoção sincera a Maria é sinal de predestinação à salvação, como afirmam vários santos; não deixemos de amar e cultivar uma cada vez maior proximidade com a nossa Mãe, pois todas as graças que Deus nos quer dar passam, obrigatoriamente, pelas Suas mãos.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A infinita sabedoria e doçura de Deus, que providencia com perfeição mesmo os menores detalhes, nos trazem este caminho que é Maria na obra da salvação, tanto sob o aspecto sobrenatural, com a Encarnação de Jesus por obra do Espírito Santo numa virgem, como sob o aspecto natural, pois os filhos têm necessariamente pai e mãe. Ora, Deus Pai é perfeito e infinitamente bom, mas também é temível em Sua majestade divina: devemos a Ele amor mas também temor e reverência. Já a figura da mãe é essencialmente afeto, e por isso, normalmente, qualquer criança sabe que, para conseguir algo do pai, pede por intercessão da mãe, que dele tudo consegue com paz e harmonia, incluindo o perdão e as necessidades… Deus quis que tivéssemos também este especial carinho materno e insuperável intercessão. Ele mesmo quer ser “vencido” pelos rogos de Maria, Sua Filha predileta, Sua esposa, e Sua Mãe… como Filho, em Jesus, não pode negar a Ela nenhum pedido legítimo, e em particular o perdão de qualquer pecado, por mais horrendo que seja. Nunca deixemos de recorrer ao amor e carinho de nossa divina Mãe!

Oração:

Ó Deus de infinito amor, concedei-nos, pela intercessão de Maria, Vossa e nossa Mãe, ser atendidos em todas as nossas necessidades materiais e espirituais, mas especialmente a salvação, pois não podeis negar a tão divina intercessora, que Vós mesmo quisestes obedecer, o bem maior dos Vossos Filhos. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF