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Estes
meios de comunicação possuem aspectos positivos como a criação de uma maior
rede de contatos. No entanto, também tem aspectos negativos se for usada de
forma descontrolada ou abusiva.
Padre Lício de Araújo Vale- Diocese de São Miguel
Paulista - SP
Sejamos sinceros, a grande maioria de nós usa as
redes sociais. O nosso "mundo" virtual mudou e temos de nos adotar a
esta nova realidade. A comunicação instantânea que a rede social nos
proporciona é inegável. É importante entender o impacto nas gerações Y e Z.
Geração Y ou millennial: os nativos
digitais
A revolução foi marcada pelos"
millennials" ou geração Y. Também conhecidos como nativos digitais, os
millennials são os nascidos entre 1982 e 1994, e a tecnologia faz parte de seu
dia a dia: todas as suas atividades passam por meio de uma tela. On e off estão
totalmente integrados em sua vida. No entanto, eles não nasceram na era
tecnológica. Eles viveram na época analógica e migraram para o mundo digital.
Ao contrário das gerações anteriores, o mundo, em
virtude da crise econômica, exigiu deles uma maior preparação para que
conseguir um emprego, uma vez que a concorrência cresceu. Ao contrário de seus
pais — a geração X —, os nativos digitais não se conformam com o seu entorno e
são ambiciosos para atingir suas metas.
No entanto, a geração dos millennials vive com o
rótulo de ser preguiçosa, narcisista e mimada. Em 2014, a revista Time
classificou essa geração como a do “eu-eu-eu”.
Características da Geração Z ou
Centenial
Com idades entre 8 e 23 anos, a geração Z ou"
pós-millenial " assumirá o protagonismo dentro de algumas décadas. Também
conhecidos como centenials, por terem vindo ao mundo em plena mudança de século
— os mais velhos são do ano de 1995 e os mais novos nasceram em 2010 —, chegaram
com um tablet e um smartphone debaixo do braço.
O comprometimento da Saúde Mental
Estes meios de comunicação possuem aspectos
positivos como a criação de uma maior rede de contatos. No entanto, também tem
aspectos negativos se for usada de forma descontrolada ou abusiva. Poderá levar
ao isolamento social, sedentarismo, diminuição do rendimento escolar,
dificuldades em estabelecer relações e em casos mais graves, quando está
instalada a dependência da internet, poderá surgir sintomatologia ansiosa e/ou
depressiva. Alguns autores introduziram termos como a "depressão do
facebook' ou o "toque fantasma" para descrever novos sintomas ou
patologias derivadas do uso excessivo das novas tecnologias. Por exemplo,
a depressão do facebook faz o jovem sentir uma tristeza ou angústia
profunda por não estarem em contato com os outros, por sentir que está
desligado do mundo, e o toque fantasma é descrito como a sensação de estar
ouvindo o celular tocar ou vibrar quando na realidade não está.
Os "jogos perigosos" nas redes são um
problema grave. Eles são definidos pela OMS como:
" um padrão de jogatina, online ou offline, que aumenta sensivelmente o
risco de consequências para o indivíduo."
O perigo pode se manifestar tanto pelo excesso do
tempo gasto com a "brincadeira" quanto pelos comportamentos de risco
associados diretamente às regras do jogo, inclusive o risco de suicídio. Cito
alguns exemplos: " baleia azul, “desafio da rasteira", " o
desafio do desodorante", " colocar um saco plástico na cabeça",
"o desafio da água quente" entre outros...
Como prevenir que os filhos caiam em
jogos perigosos
Já que a internet contém inúmeras informações úteis
para o desenvolvimento é praticamente impossível fazer com que a criança ou
adolescente não tenha acesso a internet. No entanto, algumas atitudes dos pais
ou responsáveis podem colaborar para prevenir o acesso a "jogos
perigosos":
1.Muita conversa, falar de forma clara e aberta
sobre a realidade dos jogos e dos seus perigos.
2.Alertar sobre a pressão social dos amigos e como
não se deixar influenciar.
3.Evitar deixar a criança ou o adolescente sozinho
e trancado no quarto jogando games.
4.Criar regras para o uso seguro.
5.Utilizar ferramentas de monitoramento. O recurso
é disponibilizado em configurações de sistemas operacionais, sites ou que podem
ser instalados por meio de aplicativos pagos ou gratuitos,
6. Mergulhe no mundo social virtual da criança ou
adolescente.
7. Conversar sobre o que é o suicídio e dar
informações sobre o tema, sem idealizações. A criança e sobretudo o adolescente,
tem tendência a idealizar coisas. Se ele idealiza que se uma pessoa entrou no
jogo e se matou resolveu seu problema, pode achar que isso funcionará para si.
8. Se não conseguir lidar sozinho (a) busque ajuda
de um serviço ou profissional de saúde mental e se apoie na fé.
Por fim, ser e estar presente na vida das crianças
e adolescentes desenvolvendo empatia, acolhimento, autoestima e habilidades de
comunicação. Lembrando que amar é também dizer não.
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