Estrela de Belém | socientifica |
QUAL ESTRELA TU SEGUES NA VIDA?
Dom
José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)
Estimados
irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Traçar um projeto de mudança de vida requer uma
certa dose de disciplina, de autoconfiança e perseverança. Mesmo correndo o
risco de ver esmorecer o ardor dos primeiros passos ou dos primeiros dias, a
esperança de poder ver o esplendor da luz da conquista e da vitória no
horizonte de cada amanhecer, ou do entardecer, vai alimentar as tuas forças,
ajudando-te a perseverar na caminhada.
As
Sagradas Escrituras falam que os Magos do Oriente vieram até Jerusalém, para encontrar
o rei dos judeus que acabava de nascer. Percorreram um longo caminho para
adorá-lo, seguindo uma estrela (Mt 2,1-2). A estrela que iluminou o caminho
percorrido pelos Magos não foi percebida em Jerusalém. Os Magos eram homens que
buscavam com sinceridade a luz da verdade, a luz do mundo, Cristo Jesus,
deixando de lado a luz das vaidades, que dominava a vida de Herodes,
impedindo-o de ver, contemplar e adorar a verdadeira Luz.
Os
Magos nos ensinam a não termos medo de nos colocar a caminho, para irmos ao
encontro do Senhor, mesmo se, às vezes, temos que mudar de direção, percorrendo
uma longa e fatigante jornada de conversão, para podermos chegar ao
objetivo.
Destes
homens sábios que souberam conservar a simplicidade de uma criança, manifestada
no encontro com “a criança”, podemos aprender a percorrer um caminho de
discípulos, que se alegram pela presença e pelo encontro com o Mestre, na
Manjedoura, na Cruz e na Eucaristia.
A
viagem mais difícil para muitos, talvez não seja aquela de atravessar as
escaldantes areias dos desertos para encontrar a “Luz”, mas enfrentar a viagem
interior, o caminho que passa pelo coração, seguindo a estrela que brilha
através do amor-compaixão.
Creio
que a Festa do Batismo de Jesus, que encerra as celebrações do Natal, pode ser
também um momento oportuno para recordarmos os compromissos do nosso batismo.
Através dele, renascemos em nome da Santíssima Trindade, como filhos e filhas
de Deus, e somos acolhidos na Igreja, comunidade de fé. Acolhidos não por
acaso, mas para vivermos uma missão, a de testemunharmos Jesus
Cristo.
Penso
que no mundo temos muitos meios e modos de testemunhar a nossa fé no dia-a-dia
na família, na escola, no local de trabalho, participando nas celebrações da
comunidade ou nos colocando a serviço do Senhor nos vários ministérios, tão
necessários para o fortalecimento da comunhão e o cultivo da vida de fé nas
comunidades. Quando nos dispomos a servir o Senhor, saímos do nosso isolamento,
e deixamos a indiferença de lado, para dar um novo sentido à nossa
vida.
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