Evangelho do domingo | Vatican Media |
Deus
quer salvar os homens, não de acordo com os nossos valores, mas segundo o seu
coração, tornando-os mais filhos e irmãos, à sua própria imagem e à do seu
filho, divinizando-os.
Padre Cesar Augusto - Vatican News
Neste domingo a liturgia nos convida a refletirmos
sobre nossa vocação.
A leitura do Profeta Isaías fala da vocação do
Servo do Senhor, escolhido por Deus desde o seio materno para cumprir uma
missão muito importante.
Acontece que, logo no início, vemos que esse servo
não é uma pessoa em especial, mas um povo, o Povo de Israel. “Tu és o meu
Servo, Israel, em quem serei glorificado.”
Contudo, Israel está em uma situação nada feliz. É
um povo exilado, prisioneiro e escravo na Babilônia. Mas é assim que Deus lhe
dá uma grande missão, levar a salvação a todos os povos. O Senhor quer
servir-se de um povo escravo para protagonizar uma grande missão e manifestar a
todos os povos sua glória, isto é, a libertação das pessoas de todo e qualquer
tipo de opressão.
Foi Maria, a humilde serva do Senhor, a escolhida
para ser a Mãe de Deus. Jesus vem a nós na fragilidade de um recém-nascido e
nos comprova, através de sua vida, que a encarnação foi para valer, ele é um
humano, sua humanidade não é aparente. Ao fazer-se homem, ele também se fez
pobre, assumindo a condição social humana de quem nada tem.
Deus quer salvar os homens, não de acordo com os
nossos valores, mas segundo o seu coração, tornando-os mais filhos e irmãos, à
sua própria imagem e à do seu filho, divinizando-os.
A festa do Natal celebrou essa ação de Deus e Jesus
é apresentado como o verdadeiro Servo do Senhor. Sua paixão e morte na cruz
ratificarão esse desígnio de Deus, de nos salvar através da entrega amorosa e
radical de seu filho. Será através do aparente fracasso e da morte que o Senhor
se tornará vitorioso em sua missão.
João Batista percebe tão bem essa missão de Jesus,
que o apresenta como o Cordeiro que veio tirar o pecado do mundo. Sabemos, pelo
relato do Êxodo, que o cordeiro, para libertar o povo, deverá ser imolado;
assim é Jesus, o Cordeiro imolado de Deus. Do mesmo modo que o sangue do
cordeiro da Páscoa libertava os judeus da escravidão egípcia, o sangue do
Cordeiro Jesus nos liberta, através do batismo, da escravidão da morte eterna.
Na segunda-leitura, Paulo fala de sua vocação, do
chamado pessoal feito a ele por Deus, para anunciá-lo onde jamais foi
conhecido.
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