S. Teodósio | A12 |
Teodósio nasceu em 423 na Capadócia (Turquia),
recebendo sólida formação cristã na família. Jovem,
impressionou-se com a história de Abraão, sentindo-se como ele chamado a partir
para o lugar que Deus lhe mostrasse. Fez então uma peregrinação à Terra
Santa, onde conheceu São Simeão Estilita, que profetizou ser ele escolhido por
Deus como instrumento de salvação de muitos.
Decidiu levar vida religiosa num convento, próximo
à torre de Davi, e seus progressos na vida espiritual monástica levaram a que
lhe fosse oferecida a provedoria de uma igreja de Nossa Senhora, perto de
Belém. Mas as constantes visitas não eram
compatíveis com a vida solitária que desejava, e por isso mudou-se para uma gruta isolada, onde viveu 30 anos. Mas
sua fama de santidade, pela humildade e caridade, atraiu discípulos, de modo
que acabou organizando o regulamento para uma comunidade, que chegou a ter 400 monges. Ali ele construiu uma hospedaria para os peregrinos e um hospital, com
setores feminino, masculino e para doentes mentais. Tudo era mantido
pela Providência divina, na qual Teodósio confiava ilimitadamente.
O bispo de Jerusalém, conhecendo a santidade e
capacidade administrativa de Teodósio, nomeou-o arquimandrita (superior geral)
dos monges da Palestina. Juntamente com São Sabas, outro mestre do
monaquismo, Teodósio defendeu a Fé contra a heresia
monofisita, que negava a distinção das naturezas divina e humana de
Cristo; como o imperador Anastásio apoiasse os hereges, foi perseguido e exilado, mas não muito tempo depois voltou
a Jerusalém, após a morte do imperador.
Faleceu em 529, com 105 anos.
Seu mosteiro durou mais de um milênio, quando foi destruído pelos muçulmanos. Os
monges gregos ortodoxos o reconstruíram no início do século XX.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
São Teodósio é considerado um dos maiores líderes
do monaquismo oriental do século V. Impressionante é a sua confiança em Deus,
que o levou primeiramente a viajar, e, depois, a aceitar uma missão que, a
princípio, não era a que desejava: isolando-se em busca de vida solitária,
tornou-se organizador de vasta comunidade religiosa, que atendia também a
peregrinos, e exigiu a construção e administração de um hospital. Os caminhos
da nossa santidade dependem sempre da vontade do Pai, e não da nossa: só a
humilde e alegre aceitação dos Seus desígnios garantem a fecundidade espiritual
que devemos ter, para benefício nosso e dos irmãos, e maior glória de Deus.
Oração:
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