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CARNAVAL
Dom
Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
“Nunca
nossas atitudes e ações deverão comprometer nossa dignidade”.
1º No Brasil o
carnaval divide o ano comercial em duas partes: a que procede ao carnaval e a
que o segue. É celebrado do Chuí ao Oiapoque. Para consegui-lo, se trabalha o
ano todo, pois, não se pode faltar na folia. O Rei momo chega a ganhar as
chaves da cidade. Quer nos parecer, que nem sempre esteja disposto, a devolvê-las…
Nesse tempo atípico, bebe-se e come-se à tripa forra. Baco está solto e
Pantagruel tira seu atrasado. O galo da madrugada, nem sabe, quando, cantar:
está meio transtornado. Os carros alegóricos mostram, como se gasta dinheiro
para inglês ver… muitos tem dificuldades em suas vidas, para serem comedidos,
mas no carnaval, vale tudo. Apela-se, até à luxúria, pois, as normas morais
parecem estar suspensas. Há beijos, que mesmo divididos por 3, são longos de
mais…
2º Sua história está,
possivelmente, ligada ao catolicismo medieval. É claro, sem os exageros e
provocações, dos dias atuais. Começasse na sexta, antes da quaresma. Quando
termina? Não se sabe bem… Deveria ser na terça à noite, mas não há sempre
consenso… A Quarta-Feira de Cinzas fica então para os assim chamados
“igrejeiros”. Quando, as notas das escolas de samba são reveladas, é oferecido
ocasião, para um carnavalzinho especial… No Brasil, ele (o carnaval), também,
tem a que ver com certos costumes dos escravos: podiam então festejar mais.
Hoje, faz parte da cultura brasileira: com suas escolas de samba, afoxés,
frevos e maracatus etc…
3º Que dizer? Diversão
sim, sem-vergonhice não. Geralmente as coisas descambam. Apela-se. Não sem motivos,
os nascimentos, nove meses depois do carnaval aumentam. Freud explica e os
foliões aproveitam… Contudo o Evangelho durante o carnaval não fica suspenso,
nem a consciência cristã livre de seus compromissos. Temos nossa nobreza no ser
e no agir.
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