Alianças de casamento | mulhercatolica |
De uma Alocução a um grupo de recém-casados, de Pio XII, papa
(Discorsi e Radiomessaggi, 11 mart. 1942: 3,385-390)
A esposa, o sol
da família
A
família tem o brilho de um sol que lhe é próprio: a esposa. Ouvi o que a
Sagrada Escritura afirma e sente a respeito dela: A graça da mulher dedicada é a delícia do marido. Mulher
santa e pudica é graça primorosa. Como o sol que se levanta nas
alturas do Senhor, assim o encanto da boa esposa na casa bem-ordenada (Eclo 26,16.19.21).
Realmente,
a esposa e mãe é o sol da família. É sol por sua generosidade e dedicação, pela
disponibilidade constante e pela delicadeza e atenção em relação a tudo quanto
possa tornar agradável a vida do marido e dos filhos. Irradia luz e calor do
espírito. Costuma-se dizer que a vida de um casal será harmoniosa quando cada
cônjuge, desde o começo, procura não a sua felicidade, mas a do outro. Todavia,
este nobre sentimento e propósito, embora pertença a ambos, constitui
principalmente uma virtude da mulher. Por natureza, ela é dotada de sentimentos
maternos e de uma sabedoria e prudência de coração que a faz responder com
alegria às contrariedades; quando ofendida, inspira dignidade e respeito, à
semelhança do sol que ao raiar alegra a manhã coberta pelo nevoeiro e, quando
se põe, tinge as nuvens com seus raios dourados.
A
esposa é o sol da família pela limpidez do seu olhar e o calor da sua palavra.
Com seu olhar e sua palavra penetra suavemente nas almas, acalmando-as e
conseguindo afastá-las do tumulto das paixões. Traz o marido de volta à alegria
do convívio familiar e lhe restitui a boa disposição, depois de um dia de
trabalho ininterrupto e muitas vezes esgotante, seja nos escritórios ou no
campo, ou ainda nas absorventes atividades do comércio ou da indústria.
A
esposa é o sol da família por sua natural e serena sinceridade, sua digna
simplicidade, seu distinto porte cristão; e ainda pela retidão do espírito, sem
dissipação, e pela fina compostura com que se apresenta, veste e adorna,
mostrando-se ao mesmo tempo reservada e amável. Sentimentos delicados,
agradáveis expressões do rosto, silêncio e sorriso sem malícia e um
condescendente sinal de cabeça: tudo isso lhe dá a beleza de uma flor rara mas
simples que, ao desabrochar, se abre para receber e refletir as cores do sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário