Evangelho de Domingo | Vatican News |
No
Evangelho vemos a proposta sobre a justiça do Reino dos Céus. Como vimos no
domingo passado, somos chamados a sinalizar a aliança de sal, a perene, que não
se corrompe. Essa aliança de Deus com cada um dos seres humanos é alimentada
por todos nós batizados, que assumimos o projeto do Senhor.
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
Deus nos criou livres e depende de nós a escolha
que nos fará felizes. O que dependia do Senhor já foi feito. Ele nos criou à
sua imagem e semelhança, ou seja, livres, tendo no íntimo de nosso ser buscar o
bem e evitar o mal. Somos feitos pelo Sumo Bem, evidentemente, só poderemos
estar voltados para a prática do bem. Contudo o Senhor, exatamente porque nos
criou à sua imagem e semelhança, nos fez livres. Como diz a leitura do Livro do
Eclesiástico “Diante de ti, Ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres,
tu podes estender a mão. Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal;
ele receberá aquilo que preferir”. Consequentemente, cada um de nós é sujeito
de sua felicidade ou desgraça, à medida que tiver feito escolhas a favor da
vida ou da morte.
Evidentemente, tendo herdado o pecado original,
sabemos também que a nossa natural inclinação ao bem foi atingida, de modo que,
muitas vezes, como nos diz São Paulo, “não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero”.
No Evangelho vemos a proposta sobre a justiça do
Reino dos Céus. Como vimos no domingo passado, somos chamados a sinalizar a
aliança de sal, a perene, que não se corrompe. Essa aliança de Deus com cada um
dos seres humanos é alimentada por todos nós batizados, que assumimos o projeto
do Senhor. Também faz parte de nossa opção aceitarmos essa vocação dada por
Jesus, de colaborarmos com Deus na construção da nova sociedade, do Reino de
Justiça.
Por fim, a Primeira Carta aos Coríntios nos fala
que a perfeição está na sabedoria, mas não na sabedoria deste mundo, muito
menos na de seus poderosos, pois ela está voltada para a morte, para a
destruição. A Sabedoria de Deus, ao contrário, seu plano de amor em benefício
dos homens, está escondida e foi destinada para nossa glória, é o projeto de
Deus, sua opção pelos simples, pelos marginalizados. Os poderosos não a
conheceram porque, mantendo sua opção, condenaram Jesus à morte e o
crucificaram. Contudo, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os
olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”
escreve São Paulo.
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