Brooklyn Museum A parábola do filho pródigo, por Tissot |
A
parábola do filho pródigo destaca dois tipos de fé imatura - e a misericórdia
divina supera as duas.
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A parábola do filho pródigo nos oferece
muitas lições diferentes, mas é tentador pensar que ela se destina a outras
pessoas – e não a nós.
No entanto, Jesus apresentou a nós essa
parábola para examinarmos a nossa própria vida e avaliar se a nossa fé é mais
parecida com a do filho “perdido” ou com a do filho que tinha ficado em casa.
Ambos, segundo o Papa Bento XVI,
representam dois tipos diferentes de fé “imatura”. Ele explica esta lição
numa alocução do ângelus em 2010.
“Na parábola, os dois filhos comportam-se
de modo oposto: o menor vai embora de casa e cai muito em baixo, enquanto o
maior permanece em casa, mas também ele tem um relacionamento imaturo com o
Pai; de facto, quando o irmão volta, o maior não é feliz como o pai, ao
contrário irrita-se e não quer entrar em casa. Os dois filhos representam dois
modos imaturos de se relacionar com Deus: a rebelião e a hipocrisia“.
Em diferentes momentos da nossa vida,
podemos ver-nos em aberta rebelião, optando por afastar-nos de Deus, ou podemos
vir a ser muito orgulhosos, achando-nos de alguma forma melhores que os
“pecadores” da Igreja.
A boa notícia é que a misericórdia de
Deus pode vencer essas duas iterações da fé imatura, como aponta Bento XVI:
“Estas duas formas superam-se
através da experiência da misericórdia. Só experimentando o perdão, só
reconhecendo-nos amados por um amor gratuito, maior do que a nossa miséria, mas
também maior do que a nossa justiça, entramos finalmente num relacionamento
deveras filial e livre com Deus“.
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