Representação dos três Magos em visita ao Menino Jesus (Vatican Media) |
O
Documento final, intitulado "Caminhar juntos como povo da Ásia"
consiste de 40 páginas e compreende 5 partes, de acordo com cinco passos:
caminhar juntos; olhar para as realidades emergentes da Ásia; discernir o que o
Espírito está dizendo à Igreja na Ásia; oferecer nossos dons, que são a cultura
e a espiritualidade asiáticas; abrir novos caminhos. Na elaboração do texto,
"também aprendemos com o CELAM da América Latina", ressalta o
arcebispo de Bombaim, na Índia, o cardeal Oswad Gracias.
Vatican News
O Documento final da Conferência Geral da Federação
das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC) - realizada em Bangcoc de 12 a 30
de outubro de 2022 - publicado esta terça-feira, 14 de março, cita missionários
como Alessandro Valignano, Roberto de Nobili, Matteo Ricci e João de Brito que
seguiram uma abordagem peculiar à missão na Ásia.
Logo da Assenbleia das Igrejas da Ásia (Vatican Media) |
"Caminhar juntos como povo da
Ásia"
O Documento final, intitulado "Caminhar juntos
como povo da Ásia" consiste de 40 páginas e compreende 5 partes, de acordo
com cinco passos: caminhar juntos; olhar para as realidades emergentes da Ásia;
discernir o que o Espírito está dizendo à Igreja na Ásia; oferecer nossos dons,
que são a cultura e a espiritualidade asiáticas; abrir novos caminhos. O
cardeal Oswad Gracias, arcebispo de Bombaim (atual Mumbai), ressaltou que, na
elaboração do texto, "também aprendemos com o Conselho Episcopal
Latino-Americano (CELAM)".
Em pleno espírito sinodal, os Bispos da Ásia
reafirmam que querem "caminhar juntos", compartilhando os três
elementos essenciais de uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão.
Passar "do diálogo à
sinodalidade
A segunda parte do texto dá uma visão geral das
realidades emergentes da Ásia, relacionando-as em seguida com a missão da
Igreja. As identificadas são: migrantes, refugiados e indígenas, muitas vezes
deslocados de suas terras de origem; a família, o fundamento da sociedade;
questões de gênero, presentes na sociedade; o papel da mulher nas sociedades
asiáticas; os jovens; o impacto da tecnologia digital; a promoção de uma
economia equitativa diante da urbanização e da globalização; a crise climática;
o diálogo inter-religioso.
Lançando a luz do Evangelho nestas macroáreas, para
serem sempre "construtoras de pontes, instrumentos de diálogo e
reconciliação na Ásia", as Igrejas na Ásia propõem "novos
caminhos" rumo a uma "evangelização mais inculturada", passando
"do diálogo à sinodalidade", abrangendo povos e culturas não-cristãs.
Ser tudo para os povos da Ásia
A inspiração vem do caminho dos Magos que foram
capazes de escrutar os sinais dos tempos, e da obra de Matteo Ricci que
"quis encarnar a fé em um contexto e cultura especificamente
asiáticos".
Os bispos asiáticos concluem e expressam seus
desejos para o futuro - "ser tudo para os povos da Ásia" - citando as
palavras de São Paulo: "Para os fracos, fiz-me fraco, a fim de ganhar os
fracos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo. E isto
tuto eu faço por causa do evangelho, para dele me tornar participante" (1
Cor 9,22-23).
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