São Nicolau de Flue | Guadium Press |
São Nicolau de Flue: pai, soldado, eremita
Redação (21/03/2022 11:44, Gaudium Press) Mais uma vez a
guerra assola a humanidade: é o conflito no Leste Europeu que faz as cabeças do
mundo inteiro se voltarem para lá, preocupadas. E a grande pergunta é: como
fazer para instaurar a paz? A vida de São Nicolau de Flue, santo comemorado
hoje, traz algumas respostas.
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Vida flexível e voltada para a
santidade
São Nicolau é suíço, mais conhecido por
lá como o “irmão Klaus’, porque este era seu nome de família. Sempre quis ser
monge ou religioso, com uma vida desenvolvida unicamente para o Senhor; porém,
Este tinha outros planos.
Como era de uma família pobre, Nicolau
decidiu, logo em sua primeira adolescência, não abandonar o pai nos cuidados
com o campo, o sustento de sua família. Ao alcançar a maioridade, pensando em
satisfazer sua vontade de ser monge, percebe a necessidade de sua família mais
uma vez e, para concretizar os anseios dela, casa-se.
Sua esposa é uma mulher virtuosa, e,
com santidade, cria seus dez filhos com Nicolau. Muitos deles procuram a vida
virtuosa instigada pelos pais, e alguns entram na vida religiosa, como que
cumprindo o desejo do pai.
Porém, quando vê que já não é mais
necessário em sua casa, com os filhos já bem encaminhados, pede permissão para
a esposa para se retirar da sociedade e vai viver como eremita, na beira de um
riacho. É quando o Klaus se torna Nicolau, assumindo o nome deste santo do
século IV. Ali, na vida eremítica voltada ao Senhor que tanto sonhara, São
Nicolau não tem sossego: são muitos que lhe pedem orações, conselhos e
posicionamentos. São Nicolau não se despedia de ninguém com o coração vazio.
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São Nicolau de Flue: um santo para
todas as funções
Mesmo assumindo a vida eremítica, São
Nicolau saía muitas vezes para resolver problemas em seu país. Era um excelente
diplomata, em algumas ocasiões persuadiu os governantes a não ir pelo caminho
da guerra. Mas quando foi necessário, saiu ele mesmo em campanha, como soldado,
para defender sua pátria. Até hoje, muitos invocam São Nicolau como Patrono da
Suíça.
Ele também foi conselheiro de príncipes
e potentados temporais, que sempre se inclinavam ao conhecimento e experiência
do homem de Deus. Foi professor de catecismo, com pregações individuais;
confortou corações abatidos pela dor da morte, foi amigo, pai, irmão.
Não houve pedaço de terra para o qual
São Nicolau de Flue não tenha sido chamado. Porém, como santo autêntico, não
abandonava suas orações ou vida interior: sempre que podia, voltava ao seu
recolhimento eremítico na beira do riacho. Sua festa foi fixada para o dia 21
de março, data em que entregou sua alma nas mãos do Senhor. Deixando toda a
pátria chorosa por sua partida, São Nicolau entrou no Céu dos varões santos,
tendo sido pai, monge, eremita, professor e homem público.
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Paz: a tranquilidade da ordem
De onde veio a capacidade de São
Nicolau de Flue de apaziguar guerras, ou de concluí-las, se fosse preciso? E
por que os homens de hoje já não possuem esta mesma dádiva?
Porque, antes de tudo, só alcançam a
paz aqueles que estão em paz consigo mesmo. E o santo é o único que consegue
atingir este estado: nele, tudo está bem direcionado, tudo está ordenado. Santo
Agostinho diz que “a paz é a tranquilidade da ordem”.
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