Cléofas |
Será que sou muito exigente?
Normalmente
é no próprio ciclo das amizades e ambientes de convívio que os namoros começam.
Para namorar você deverá procurar alguém naquele ambiente onde são vividos os
valores que são importantes para você. Se você é cristão, então procure entre
famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, etc., a pessoa que você
procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um “pré-namoro” que vai
evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou “fisgado”
pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo.
Nunca se esqueça que o mais importante é “invisível aos olhos”.
Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia, o seu
coração bom, a sua tolerância com os outros, as suas boas atitudes, etc., isto
não passa, isto o tempo não pode destruir. É o que vale.
A sua felicidade não está na cor da sua pele, no tipo do seu cabelo e na
altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma.
Ao escolher o namorado, não se prenda só nas aparências físicas, mas
desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
Há uma velha música dos meus tempos de garoto, que dizia assim:
“Quem eu quero não me quer, quem me quis mandei embora, e por isso já
não sei, o que será de mim agora”.
Será que você não “mandou embora”, quem de fato a amava e poderia
fazê-la feliz?
Lembre-se, paixão não é amor.
Se você encontrou aquela pessoa que satisfaz os valores “mais
essenciais”, não seja muito exigente naquilo que é secundário. E você terá que
aprender a ceder em alguns pontos, repito, não essenciais.
Há um ditado que diz que “quem tudo quer, tudo perde”. Se você for
“hiper-exigente” poderá ficar só. Muitas vezes aquele que quer escolher muito
acaba sendo o último contemplado.
Não force um namoro quando o outro não o quer. Se você forçar a
situação, o relacionamento não será maduro e nem duradouro. Não tente “segurar”
o seu namorado junto de você pelo sexo, ou com outras chantagens. O namoro não
é a hora de viver a vida sexual. Espere o casamento.
Certa vez o governo fez uma campanha para reduzir o número de acidentes
de automóvel; usou este “slogan”: “Não faça do seu carro uma arma, a vítima
pode ser você!” Posso plagiar esta frase e lhe dizer com toda a segurança:
“Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você!”
Ao se escolher com quem namorar, não se pode deixar de lado alguns
aspectos como: idade, nível social e cultural, financeiro, religião, etc.
Uma diferença de idade muito grande entre ambos pode ser uma dificuldade
séria, especialmente se a mais idosa for a mulher.
O amor, quando é autêntico, é capaz de superar tudo, mas isto será uma
pedrinha a mais no sapato dos dois.
A diferença de nível social e financeiro também pode ser uma dificuldade
a mais, mesmo que possa ser vencido por um amor autêntico entre ambos.
Um rapaz culto e estudado pode ter sérias dificuldades para se
relacionar com uma moça sem estudos.
Também a diferença de religião deve ser evitada, pois será também um
entrave para o crescimento espiritual do casal; especialmente na hora de educar
os filhos.
Na hora de escolher alguém você precisa ter claro os valores
fundamentais para a sua vida toda.
Há coisas que são mutáveis, mas há outras que não.
Você pode ajudar sua namorada a estudar e chegar ao seu nível cultural
um dia – e isto é muito bonito -, mas será difícil você fazê-la mudar de
religião, se ela é convicta da fé que recebeu dos pais.
O namoro é para isto, para que jamais você reclame no futuro dizendo que
se casou enganado. Isto ocorre com quem não leva o namoro a sério. Se você não
namorar bem hoje, não reclame amanhã de ter se casado mal, ou com quem não
devia; a escolha será sua.
Sobretudo lembre-se que você nunca encontrará alguém perfeito para
namorar; mesmo porque “amar é construir alguém querido, e não, querer alguém já
construído”.
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